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Moody´s eleva classificação de risco do Brasil

Estrutura da dívida do governo melhora e país fica a dois degraus do investment grade

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h21.

A agência de classificação de risco Moody´s elevou, nesta quinta-feira (31/8), a classificação de risco do Brasil, deixando o país a dois degraus do investment grade, o selo que indica ao mercado financeiro internacional que o país possui baixo riscode calote. A nota dos títulos do governo em moeda local e em moeda estrangeira subiram de "Ba3" para "Ba2". O teto do rating em moeda estrangeira dos emissores brasileiros subiu de "Ba2" para "Ba1", enquanto o teto do rating do país para depósitos bancários passou de "B1" para "Ba3".O teto de um rating normalmente indica a nota máxima que a agência deverá conferir a um título emitido por uma instituição do país. A decisão, divulgada nesta quinta-feira pela Moody's, funciona como um sinal positivo da agência a respeito dos títulos dos emissores brasileiros.

De acordo com comunicado da agência, a melhora na classificação de risco do Brasil deve-se a "significativas mudanças na estrutura da dívida do governo, que levaram a uma redução substancial na vulnerabilidade de crédito, derivada do impacto financeiro das flutuações da taxa de câmbio e, em grau menor, dos juros domésticos sobre os indicadores da dívida do governo".

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Para o vice-presidente da Moody's, Mauro Leos, o comprometimento das autoridades com a meta de superávit primário de 4,25% doProduto Interno Brutofoi importante para a sustentabilidade dos indicadores da dívida. "No entanto, o governo continua enfrentando significativos desafios fiscais de médio prazo, em função da relativa rigidez na estrutura de gastos", afirma Leos, destacando que será preciso um consenso político para implementar ações quepermitam frearo aumento de despesas nas contas públicas.

Segundo o vice-presidente da Moody's, o Brasil tem uma capacidade crescente de administrar condições econômicas adversas -o que favorece o país. "A presença de uma estrutura de exportação diversificada deve permitir ao Brasil enfrentar mais facilmente uma queda no preço das commodities ou uma desaceleração no crescimento econômico mundial", diz.

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