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Ministro renuncia acusando aliado de corrupção na Ucrânia

Aivaras Abromavicius apresentou a renúncia ao cargo após denunciar esquemas de corrupção dentro da coalizão que governa o país

O ex-ministro da Economia da Ucrânia, Aivaras Abromavicius; "hoje decidi apresentar minha renúncia. A causa é o bloqueio a qualquer tentativa de reformas estruturais em nosso país" (Valentyn Ogirenko/Files/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 17h00.

Kiev - O ministro da Economia da Ucrânia , Aivaras Abromavicius, apresentou a renúncia ao cargo nesta quarta-feira, após denunciar esquemas de corrupção dentro da coalizão que governa o país e pressões exercidas contra as reformas que promoveu desde que chegou ao posto.

"Hoje decidi apresentar minha renúncia. A causa é o bloqueio a qualquer tentativa de reformas estruturais em nosso país. Já não se trata só de falta de apoio ou vontade política. Trata-se de ações concretas que buscam paralisar nosso trabalho reformador", lamentou Abromavicius, lituano naturalizado ucraniano em 2014.

O ministro apontou Igor Kononenko, um dos líderes do partido Bloco Petro Poroshenko, do presidente ucraniano, como uma das "pessoas com nomes e sobrenomes" que minaram seu trabalho.

"Nem eu nem minha equipe temos vontade de ser a fachada para a corrupção descarada, marionetes daqueles que querem dispor do dinheiro público ao estilo das velhas autoridades. Estas pessoas têm nome, e um deles é Igor Kononenko", afirmou em entrevista coletiva.

Abromavicius, de 40 anos, explicou que além de privar sua família do serviço de segurança que um ministro tem direito, alguns de seus colegas o "pressionaram com força para que incluísse pessoas suspeitas" em sua equipe ou "para que recebessem cargos importantes em empresas do Estado".

"As forças do mal querem voltar com tudo. É preciso se desfazer dos supervisores que ordenham a economia ucraniana. Todos os tecnocratas que chegaram como eu ao governo pensaram que seria diferente, que receberiam apoio ao mais alto nível", se queixou.

Nos últimos dois meses e após mais de um ano em primeira linha política renunciaram na Ucrânia o diretor adjunto do Banco Nacional, Aleksandr Pisaruk; o vice-ministro de Infraestruturas, Vladimir Shulmeister; e o vice-ministro de Economia, Ruslan Korzh, todos procedentes do mundo dos negócios.

Enquanto isso, os embaixadores em Kiev de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Lituânia, Reino Unido, Suécia e Suíça publicaram uma carta aberta às autoridades ucranianas na qual defendem a gestão de Abromavicius, cujas reformas, em sua opinião, contribuem para estabilizar a situação econômica do país.

Os embaixadores apoiaram a luta do ministro contra a corrupção e instaram às autoridades ucranianas que abandonem as "divergências" e deixem no passado "os interesses egoístas que freiam o avanço do país".

Após a divulgação da carta de renúncia pela assessoria de imprensa da delegação diplomática alemã, a imprensa local informou que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, tinha se reunido em sua residência com Abromavivius.

Durante sua última visita a Kiev, em dezembro do ano passado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu à Ucrânia um maior esforço "para acabar com a corrupção, que freia demais o avanço".

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Kiev - O ministro da Economia da Ucrânia , Aivaras Abromavicius, apresentou a renúncia ao cargo nesta quarta-feira, após denunciar esquemas de corrupção dentro da coalizão que governa o país e pressões exercidas contra as reformas que promoveu desde que chegou ao posto.

"Hoje decidi apresentar minha renúncia. A causa é o bloqueio a qualquer tentativa de reformas estruturais em nosso país. Já não se trata só de falta de apoio ou vontade política. Trata-se de ações concretas que buscam paralisar nosso trabalho reformador", lamentou Abromavicius, lituano naturalizado ucraniano em 2014.

O ministro apontou Igor Kononenko, um dos líderes do partido Bloco Petro Poroshenko, do presidente ucraniano, como uma das "pessoas com nomes e sobrenomes" que minaram seu trabalho.

"Nem eu nem minha equipe temos vontade de ser a fachada para a corrupção descarada, marionetes daqueles que querem dispor do dinheiro público ao estilo das velhas autoridades. Estas pessoas têm nome, e um deles é Igor Kononenko", afirmou em entrevista coletiva.

Abromavicius, de 40 anos, explicou que além de privar sua família do serviço de segurança que um ministro tem direito, alguns de seus colegas o "pressionaram com força para que incluísse pessoas suspeitas" em sua equipe ou "para que recebessem cargos importantes em empresas do Estado".

"As forças do mal querem voltar com tudo. É preciso se desfazer dos supervisores que ordenham a economia ucraniana. Todos os tecnocratas que chegaram como eu ao governo pensaram que seria diferente, que receberiam apoio ao mais alto nível", se queixou.

Nos últimos dois meses e após mais de um ano em primeira linha política renunciaram na Ucrânia o diretor adjunto do Banco Nacional, Aleksandr Pisaruk; o vice-ministro de Infraestruturas, Vladimir Shulmeister; e o vice-ministro de Economia, Ruslan Korzh, todos procedentes do mundo dos negócios.

Enquanto isso, os embaixadores em Kiev de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Lituânia, Reino Unido, Suécia e Suíça publicaram uma carta aberta às autoridades ucranianas na qual defendem a gestão de Abromavicius, cujas reformas, em sua opinião, contribuem para estabilizar a situação econômica do país.

Os embaixadores apoiaram a luta do ministro contra a corrupção e instaram às autoridades ucranianas que abandonem as "divergências" e deixem no passado "os interesses egoístas que freiam o avanço do país".

Após a divulgação da carta de renúncia pela assessoria de imprensa da delegação diplomática alemã, a imprensa local informou que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, tinha se reunido em sua residência com Abromavivius.

Durante sua última visita a Kiev, em dezembro do ano passado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu à Ucrânia um maior esforço "para acabar com a corrupção, que freia demais o avanço".

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