Ministro dos Transportes diz que governo quer realizar 35 leilões no setor até 2026
Segundo Renan Filho, cinco leilões estão previstos para 2023, dos quais três já foram publicados. Os outros dois são trechos da BR-040
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 10 de julho de 2023 às 15h31.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira, 10, em entrevista exclusiva à EXAME,que o governo pretende fazer 35 leilões no setor até 2026. Desse total, cinco estão previstos para 2023 e três deles já foram publicados.
Os leilões já anunciados formalmente são:
- Lote 1 do Paraná: Trechos das BRs 277, 373, 376 e 476, além das rodovias estaduais PR 418, 423 e 427;
- Lote 2 do Paraná: Trechos das BRs 153 e 277, mais 9 rodovias estaduais;
- Trecho da BR-381, em Minas Gerais, conhecido como “rodovia da morte”
O ministro disse que os dois leilões do Paraná são os projetos com maior volume de investimentos da América Latina.Os dois primeiros lotes preveem aportes de R$ 18 bilhões enquanto o orçamento total do Ministério dos Transportes chega a R$ 22 bilhões.
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Segundo Renan, a concessão em conjunto de um pacote de trechos federais e estaduais é uma inovação, garante eficiência, reduz rota de fuga, barateia para quem usa rodovia e permite um investimento muito mais robusto.
"Esse modelo é um modelo que precisa ser perseguido e a gente deseja fazer isso em outros estados. Já temos estudos em Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, para outros leilões", afirmou.
Já o trecho da BR-381, que teve edital foi publicado na última sexta-feira, 7, deve contar com investimento público para amortizar o risco.
"Esperamos utilizar recursos do acordo de Mariana para poder viabilizar investimentos e reduzir a tarifa paga por quem trafega na BR-381", disse.
Os outros dois leilões previstos para 2023 são:
- BR-040, do Rio de Janeiro (RJ) até Belo Horizonte (MG);
- BR-040, de Belo Horizonte (MG) até Brasília (DF)
O último deve ter o edital publicado neste ano, mas a expectativa é que o certame só ocorra no início de 2024, afirmou o ministro.