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Ministério garante fornecimento de energia nos estádios

O Ministério de Minas e Energia reconhece que, até o momento, foram concluídas apenas 100 das 158 obras listadas no relatório, mas minimiza os atrasos

Arena Amazônia: MME minimizou atraso no reforço da subestação Seringal Mirim, em Manaus (Bruno Kelly/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 18h19.

Brasília - Depois da publicação de um relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que apontou atrasos em obras de fornecimento de eletricidade nas cidades-sede da Copa do Mundo , o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou nota, na tarde desta quarta-feira, afirmando que o atendimento nos estádios da competição está garantido.

O relatório da Aneel publicado no último dia 30 fez uma comparação entre o andamento das obras e o prazo original previsto para a conclusão de projetos de energia para os estádios e seus arredores nas 12 cidades-sede da Copa.

O MME reconhece que, até o momento, foram concluídas apenas 100 das 158 obras listadas no relatório, mas minimiza os atrasos e considera que a preparação do setor para o evento estaria "adequada".

"As obras prioritárias que contemplam a dupla alimentação aos estádios (critério da Fifa) e de atendimento a aeroportos e outros equipamentos prioritários envolvidos com a Copa já foram concluídas. As que estão em andamento visam apenas aumentar o grau de confiabilidade no atendimento aos diversos equipamentos das cidades-sede. Atrasos pontuais não comprometem o suprimento de energia elétrica nas cidades-sede", argumenta a nota.

De acordo com o MME, a maior parte desses projetos já fazia parte dos portfólios das empresas de distribuição de energia e foi antecipada para a Copa, mas não seria indispensável para a realização da competição entre 12 de junho e 13 de julho.

A nota cita a Subestação Menino Deus, em Porto Alegre, que foi destacada pela Aneel como preocupante por ser a principal fonte de abastecimento do Estádio Beira-Rio e ainda não estar concluída.

"O atendimento ao Estádio Beira-Rio, por exemplo, atualmente já é realizado por dupla alimentação, a partir das subestações Porto Alegre 4 e Porto Alegre 13", diz o MME, prevendo para o dia 12 de maio a energização da estrutura atrasada.

Da mesma forma, o MME minimizou o atraso no reforço da subestação Seringal Mirim, em Manaus, que atende à Arena Amazônia e foi citada no relatório de problemas pela Aneel.

A nota informou que as subestações Flores e Redenção já estão ligadas ao estádio que receberá jogos da Copa.

São Paulo - Embora a construção ou a reforma de estádios para a Copa do Mundo seja encarada como um dos legados que o Mundial deixará para o país, é inegável que as 12 arenas só estão prontas (ou quase) agora por causa do grande evento de junho. Não fosse isso, sabe-se lá quando o Brasil teria estádios modernos - cujos projetos foram feitos, aliás, de forma a atender ao padrão Fifa, que determina, entre outras coisas, o tamanho mínimo daqueles que podem ser palco de jogos especiais, como a abertura e a final.A partir destas considerações, EXAME.com levantou o custo das obras e dividiu pelo número total de jogos que cada estádio vai receber daqui a cerca de três meses. Chega-se, assim, às partidas mais caras da Copa.Sob esta perspectiva, cada jogo no Mané Garrincha, em Brasília , sairá por R 200 milhões.É preciso considerar que esta conta por jogo não inclui nenhum outro gasto além dos colocados diretamente nos estádios. Somados, o custo de todos eles ultrapassou R$ 8 bilhões, mas nem tudo é verba pública.Especialistas temem que alguns dos estádios se tornem elefantes brancos após a Copa, principalmente em lugares sem tradição futebolística. O governo defende, porém, que eles são agora arenas multiuso e que serão economicamente viáveis ao receber, além de jogos de futebol , shows e eventos.  O Mané Garrincha, por exemplo, já recebeu 5 eventos (3 shows internacionais entre eles) desde que foi inaugurado em maio de 2013 (além das partidas de futebol). Atualizado dia 11/3, às 11h45
  • 2. 1º Mané Garrincha (Brasília) - R$ 200 milhões por jogo

    2 /13(Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

  • Veja também

    Custo do estádio: R$ 1,4 bilhão Número de jogos: 7 (incluindo um nas oitavas, semi final e disputa pelo 3º lugar) Jogos da 1ª fase: Suíça x Equador, Colômbia x Costa do Marfim, Camarões x Brasil, Portugal x Gana.
  • 3. 2º Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 170 milhões por jogo

    3 /13(Tânia Rego/ABr)

  • Custo do estádio: R$ 1,19 bilhão Número de jogos: 7 jogos (incluindo um nas oitavas, semi-final e a grande final) Jogos da 1ª fase: Argentina x Bósnia e Herzegovina, Espanha x Chile, Bélgica x Rússia, Equador x França
  • 4. 3º Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 167,3 milhões por jogo

    4 /13(REUTERS/Bruno Kelly)

    Custo do estádio: R$ 669,5 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, EUA x Portugal, Honduras x Suiça
  • 5. 4º Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 142,5 milhões

    5 /13(REUTERS/Stringer)

    Custo do estádio: R$ 570 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Chile x Austrália, Rússia x Coréia do Sul, Nigéria x Bósnia e Herzegovina, Japão x Colômbia.
  • 6. 5º Arena Corinthians (São Paulo) - R$ 136,6 milhões por jogo

    6 /13(Divulgação/ Odebrecht)

    Custo do estádio: R$ 820 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e uma semi-final) Jogos da 1ª fase: Brasil x Croácia, Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coréia do Sul x Bélgica
  • 7. 7º Arena Pernambuco (Recife) - R$ 106,5 milhões por jogo

    7 /13(REUTERS/Ricardo Moraes)

    Custo do estádio: 532,6 milhões Número de jogos: 5 (incluindo uma oitava de final) Jogos da 1ª fase: Costa do Marfim x Japão, Itália x Costa Rica, Croácia x México, EUA x Alemanha.
  • 8. 8º Arena das Dunas (Natal) - R$ 100 milhões por jogo

    8 /13(Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 400 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: México x Camarões, Gana x EUA, Japão x Grécia, Itália x Uruguai
  • 9. 9º Arena Fonte Nova (Salvador) - R$ 98,6 milhões por jogo

    9 /13(Governo Federal/Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 591,7 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Espanha x Holanda, Alemanha x Portugal, Suiça x França, Bósnia e Herzegovina x Irã
  • 10. 10º Arena Castelão (Fortaleza) - R$ 96,4 milhões por jogo

    10 /13(Danilo Borges/Portal da Copa)

    Custo do estádio: R$ 518,6 milhões Número de jogos:6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Uruguai x Costa Rica, Brasil x México, Alemanha x Gana, Grécia x Costa do Marfim.
  • 11. 11º Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 82,5 milhões por jogo

    11 /13(Divulgação/ CAP)

    Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha, Argélia x Rússia.
  • 12. 12º Beira-Rio (Porto Alegre) - R$ 66 milhões por jogo

    12 /13(Evandro Oliveira/PMPA)

    Custo do estádio:R$ 330 milhõesNúmero de jogos: 5 (incluindo um das oitavas de final)Jogos da 1ª fase: França x Honduras, Austrália x Holanda, Coréia do Sul x Argélia, Nigéria x Argentina
  • 13. Veja agora quais são os estádios da Copa que mais utilizaram recursos públicos

    13 /13(Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

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