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Banco do México aumenta taxa de juros após vitória de Trump

A instituição disse que acompanhará "muito de perto" a evolução dos determinantes da inflação e do avanço da posição monetária nos EUA e no México

Trump: "É inevitável continuar fazendo frente aos riscos, tanto antigos como novos" (Scott Eisen/Getty Images)
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EFE

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 17h54.

Última atualização em 17 de novembro de 2016 às 19h47.

Cidade do México - O Banco do México aumentou em 50 pontos básicos a taxa de juros interbancária até situá-la em 5,25%, perante a incerteza gerada pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira a instituição.

"É inevitável continuar fazendo frente aos riscos, tanto antigos como novos, com um fortalecimento adicional dos fundamentos macroeconômicos do país", explicou em um boletim o banco central mexicano.

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Por isso, a Junta de Governo do Banco do México (Banxico) "decidiu aumentar o objetivo para a Taxa de Juros Interbancária a um dia em 50 pontos, para levá-lo a um nível de 5,25%".

"Com esta ação, se procura resistir às pressões inflacionárias e manter ancoradas as expectativas de inflação", que está situada ligeiramente acima do teto estabelecido de 3% para este 2016.

A instituição disse que acompanhará "muito de perto" a evolução dos determinantes da inflação e do avanço da posição monetária nos Estados Unidos e no México.

Embora o texto não faça menção direta a Trump, que pretende renegociar o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (NAFTA), o banco central mexicano reconhece que a economia nacional enfrenta atualmente uma "elevada incerteza".

"Aos efeitos que o resultado da eleição nos EUA possa ter sobre a relação bilateral com o México, é preciso acrescentar a possibilidade de novos episódios de volatilidade associados a diversos riscos que continuam prevalecendo na economia internacional", destacou a instituição.

Em mensagem similar à expressada pelo governo após o triunfo de Trump, o Banxico reiterou que o país está em uma posição de "força" para enfrentar este novo contexto graças à consolidação das finanças públicas e às conquistas em políticas monetárias preventivas.

"Apesar de ainda ser difícil identificar os elementos específicos que definirão a postura de política econômica que os EUA terão em sua relação bilateral com nossa nação a partir de 2017, os riscos que isso implica tiveram um impacto grande nos mercados financeiros nacionais", reconheceu a instituição.

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