Economia

Meta é turismo chegar a 6% do PIB até final da década

Esse objetivo terá de superar os gargalos de infraestrutura apontados por empresários como um empecilho para o crescimento desse ramo de atividade

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, diz que os problemas de infraestrutura apareceram com o crescimento do mercado consumidor brasileiro e que a Pasta tem investido (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, diz que os problemas de infraestrutura apareceram com o crescimento do mercado consumidor brasileiro e que a Pasta tem investido (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2011 às 17h24.

São Paulo - A meta do Ministério do Turismo é que o setor fique perto de dobrar de tamanho até o final da década e chegue a ser responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Mas esse objetivo terá de superar os gargalos de infraestrutura apontados por empresários como um empecilho para o crescimento desse ramo de atividade. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, diz que os problemas de infraestrutura apareceram com o crescimento substancial do mercado consumidor brasileiro dos últimos anos e que a Pasta tem investido. "Todas as obras voltadas para o turismo que estão em curso entrarão em operação até 2013", afirmou.

"Temos problemas de custo de construção e legislação ambiental, mas creio que com a entrada de investidores estrangeiros e as linhas de crédito oferecidas pelos nossos agentes financeiros, o Brasil vai conseguir elevar a sua competitividade", disse Vieira, que assumiu o cargo em setembro. Ele conta ainda que o Ministério vai reduzir impostos de cadeias importantes ligadas ao turismo. Serão beneficiados hotéis, produtos têxteis e colchões. As desonerações, informa Vieira, estão em estudo. "Vamos pegar essa onda de medidas para estímulo ao consumo", diz.

O Ministério abriu uma linha de crédito - o BNDES Procopa Turismo - destinada a ampliação, construção e reforma da rede hoteleira no valor total de R$ 2,3 bilhões e aumentou as ações promocionais do País no exterior. A Pasta cita que o Brasil investiu US$ 72 milhões em promoção internacional em 2010 (último dado disponibilizado pela Organização Mundial do Comércio) e ficou entre os dez maiores realizadores de eventos do mundo, conforme a Associação Internacional de Congressos e Convenções (Icca, na sigla em inglês).

A atividade turística representa, conforme o Ministério, 3,6% do PIB e gera em torno de R$ 132 bilhões em renda. O objetivo do governo é ampliar essa participação para 6% do PIB até 2021. Para o ano que vem, a previsão de Gastão Vieira é de números parecidos ao projetado para 2011, mesmo com uma crise internacional em curso. Este ano o Brasil deve terminar com cerca de 8,9 milhões de desembarques internacionais e 77 milhões de desembarques domésticos.

Para a Copa do Mundo em 2014, a expectativa é de que o País receba 600 mil turistas estrangeiros que devem deixar por aqui R$ 4 bilhões em gastos e 3 milhões de brasileiros em circulação, que devem movimentar R$ 5,5 bilhões. O evento deve criar 700 mil empregos - 332 mil permanentes e 381 mil temporários. O que preocupa é a estrutura necessária para receber toda essa gente. "Não tenho dúvida de que chegaremos na Copa do Mundo com esses problemas resolvidos", tranquiliza Vieira.

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