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Mercosul "precisa ser viável", mas Brasil e Argentina não se entendem

Segundo o jornal argentino El Clarín, os dois países vivem o fim de um romance

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

Depois de deixar prematuramente a reunião da Cúpula América do Sul-Países Árabes, o presidente Néstor Kirchner, em entrevista a uma rádio argentina, garantiu que as conversas bilaterais com o presidente Lula foram "excelentes". Questionado sobre o motivo que o teria levado a deixar a Cúpula antes do encerramento, programado para hoje (11/5), Kirchner respondeu: "terminamos tudo o que tínhamos de fazer".

Durante conversa privada com Lula, Kirchner fez propostas para evitar desajustes comerciais entre as duas economias, além de discutir o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que poderia vir a financiar empresas argentinas que exportam para o Brasil, "para que o Mercosul se torne viável", disse Kirchner.

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De acordo com o jornal argentino El Clarín, as declarações de Kirchner não foram suficientes para dissipar o clima de tensão entre os dois países durante a cúpula. O jornal chamou atenção para o estilo brasileiro de "desconversar", ou seja, de dizer sim para evitar discussões no momento e, depois, esquecer o assunto.

A pressa do presidente argentino em deixar Brasília mostra, segundo o jornal, o fim do romance entre os dois países e que, agora, "só restam tiroteios". Lula não seria o único culpado. "Está cada vez mais claro para os argentinos que existem opiniões divergentes dentro do governo brasileiro", diz o jornal argentino.

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