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Mercosul é uma 'anarquia', afirma líder industrial uruguaio

Sanguinetti questionou a política de substituição de importações impulsionada pelo governo de Cristina Kirchner.

Os industriais uruguaios sofrem "um bloqueio sistemático por parte da Argentina de todas as nossas exportações", disse Sanguinetti (Norberto Duarte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 16h46.

São Paulo - O Mercosul é "uma absoluta anarquia", afirmou nesta segunda-feira um importante dirigente industrial uruguaio ao denunciar os entraves às importações impostos pela Argentina e depois que o presidente do Uruguai, José Mujica, disse que o bloco regional está "empacado".

"O Mercosul está pior do que empacado, já está em uma absoluta anarquia e em um retrocesso: não se respeitam os compromissos assumidos", disse o presidente da comissão de Comércio Exterior da Câmara de Indústrias do Uruguai, Rafael Sanguinetti, à rádio 10, de Buenos Aires.

Sanguinetti questionou a política de substituição de importações impulsionada pelo governo de Cristina Kirchner.

"Não entendemos porque a Argentina deve se proteger do Uruguai: é uma política ruim, que faz mal ao Mercosul e à imagem do bloco, já que essas coisas tanscendem. Nem o Brasil, nem o Uruguai estão de acordo com a Argentina", declarou.

Os industriais uruguaios sofrem "um bloqueio sistemático por parte da Argentina de todas as nossas exportações, em uma flagrante contravenção de todos os compromissos assumidos", disse Sanguinetti em outra entrevista à rádio El Mundo, na qual afirmou ainda que os setores mais afetados são o alimentício e o têxtil.

Segundo o empresário, é "um absurdo" porque "o Uruguai representa 2,06% das importações argentinas".

Mujica disse em entrevista no domingo que o Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, em processo de adesão - é um bloco "empacado", que perdeu sua atração internacional e que "não tem a fluidez de uma relação natural".

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"O Mercosul está pior do que empacado, já está em uma absoluta anarquia e em um retrocesso: não se respeitam os compromissos assumidos", disse o presidente da comissão de Comércio Exterior da Câmara de Indústrias do Uruguai, Rafael Sanguinetti, à rádio 10, de Buenos Aires.

Sanguinetti questionou a política de substituição de importações impulsionada pelo governo de Cristina Kirchner.

"Não entendemos porque a Argentina deve se proteger do Uruguai: é uma política ruim, que faz mal ao Mercosul e à imagem do bloco, já que essas coisas tanscendem. Nem o Brasil, nem o Uruguai estão de acordo com a Argentina", declarou.

Os industriais uruguaios sofrem "um bloqueio sistemático por parte da Argentina de todas as nossas exportações, em uma flagrante contravenção de todos os compromissos assumidos", disse Sanguinetti em outra entrevista à rádio El Mundo, na qual afirmou ainda que os setores mais afetados são o alimentício e o têxtil.

Segundo o empresário, é "um absurdo" porque "o Uruguai representa 2,06% das importações argentinas".

Mujica disse em entrevista no domingo que o Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, em processo de adesão - é um bloco "empacado", que perdeu sua atração internacional e que "não tem a fluidez de uma relação natural".

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