Economia

Mercados encerram 2003 otimistas

O risco Brasil, que durante o período pré-eleitoral do ano passado bateu recorde atrás de recorde, encerrou este ano com 468 pontos, uma queda de 67,5%. No final de setembro de 2002, o índice atingiu sua maior cotação na história, batendo 2.443 pontos. O risco Brasil representa a diferença entre as taxas de juros pagas […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

O risco Brasil, que durante o período pré-eleitoral do ano passado bateu recorde atrás de recorde, encerrou este ano com 468 pontos, uma queda de 67,5%. No final de setembro de 2002, o índice atingiu sua maior cotação na história, batendo 2.443 pontos.

O risco Brasil representa a diferença entre as taxas de juros pagas por títulos da dívida soberana de um país e papéis do governo americano, considerados os mais seguros do mercado.

Isso significa que um risco-país mais baixo indica maior confiança do mercado em relação à capacidade de o governo pagar os títulos que emitiu.

A queda no risco Brasil beneficia, além do próprio governo, o setor privado, que tem mais possibilidades de captar recursos no exterior a taxas mais baixas. Inúmeras empresas e bancos brasileiros aproveitaram neste ano a melhora da imagem no Brasil no cenário internacional para voltar a realizar empréstimos no exterior.

Outra queda significativa na comparação com 2002 foi registrada na inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que encerrou este ano com variação de 8,71%, contra uma alta de 25,31% no ano passado, impulsionada fortemente pela variação do dólar.

Também em decorrência do clima de instabilidade pré-eleitoral, a moeda americana atingiu em 2002 o valor recorde de 3,99. Ontem (30/12), fechou cotada a 2,90 reais, acumulando uma queda de 18% no ano.

Essa melhora nos fundamentos da economia brasileira permitiu que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltasse a registrar ganhos. Depois de três anos consecutivos registrando perdas, em 2003 o Ibovespa (índice da bolsa paulista), registrou rentabilidade de nada menos que 97,3%. Em 2002, o índice caiu 17%, em 2001, recuou 11% e, em 2000, a queda foi de 10,7%. Em 1999, impulsionado pelo otimismo que reinava no mercado de ações do mundo todo, o Ibovespa rendeu 151,93%.

Apesar do saldo positivo desses indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2003 vai encerrar o ano com um desempenho pífio: deve crescer apenas 0,3%, segundo estimativa do Banco Central divulgada na terça-feira (30/12). A expectativa é que, em 2004, o PIB cresça 3,5%.

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