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Mercado volta à lua-de-mel com governo Lula

O futuro governo Lula já está sendo bem avaliado pelo mercado financeiro. Uma dessas provas é o dólar futuro, que está sendo negociado na BM&F a 3,20 reais, e as consecutivas quedas da taxa no câmbio oficial. O aumento de 3 pontos percentuais na taxa de juros, que está agora em 25%, também agradou o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

O futuro governo Lula já está sendo bem avaliado pelo mercado financeiro. Uma dessas provas é o dólar futuro, que está sendo negociado na BM&F a 3,20 reais, e as consecutivas quedas da taxa no câmbio oficial. O aumento de 3 pontos percentuais na taxa de juros, que está agora em 25%, também agradou o mercado por sinalizar uma preocupação com a inflação.

Ainda faltam nomes fortes, como o chefe da Receita, o ministro do Planejamento, os técnicos do BC e da Fazenda, mas o mercado está confiante.

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"Parece que o governo Lula tem tudo para ser, no plano institucional, tão bom quanto o de FHC. Os primeiros sinais emitidos pelo presidente eleito ao montar um ministério bastante bom e pelos discursos do novo Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e do novo presidente do Banco Central sugerem que os avanços institucionais observados nos últimos anos terão continuidade", afirma o BBV. "A decisão de o presidente eleito conceder autonomia operacional ao Banco Central e mandato fixo aos seus diretores é um passo que o governo FHC não se empenhou nos últimos anos", completa a análise do banco.

Para o BBV, caso o governo do PT mantenha este padrão de interlocução com a sociedade e com o mercado e desde seu início enfatize os sinais até aqui emitidos, não pairam dúvidas sobre a aceleração da melhora do risco-Brasil. "E, como consequência, a compra de reservas e o resgate líquido de papéis cambiais porque o câmbio pode apreciar além do desejado."

Orçamento 2003

A Comissão Mista de Orçamento aprovou no final desta quarta-feira (18/12) o Orçamento Geral da União para 2003. Um acordo entre os parlamentares do PT de um lado e do PSDB e PFL do outro deve permitir a aprovação conclusiva do texto em sessão conjunta da Câmara e do Senado esperada para esta quinta-feira.

O texto do orçamento reserva R$ 4,4 bilhões para um potencial aumento do salário mínimo dos atuais R$ 200 para cerca de R$ 240 mensais a partir de maio, mas não explicita este valor. Parlamentares do PFL e do PSDB queriam um comprometimento textual do governo Lula com os R$ 240, mas a exigência não foi aceita pelo PT.

Ficou acertado, então, que a reserva de R$ 4,4 bilhões não poderá ser utilizada para nenhum outro fim antes do anúncio do novo salário mínimo. Mas o texto é flexível e permite um aumento do superávit primário de 2003 além dos 3,75% do PIB combinados com o FMI.

A diretoria executiva do FMI aprovou a primeira revisão do acordo do Brasil com órgão, tornando disponível mais US$ 3,1 bilhões ao país.

O ministro Pedro Malan (Fazenda) já declarou que o país vai sacar os recursos, que devem ingressar nas reservas do país nos próximos dias. O acordo assinado em setembro prevê o desembolso de até US$ 30,6 bilhões ao país. As outras liberações previstas no acordo (sujeitas a aprovação das revisões) são: US$ 4,1 bilhões em março/03, US$ 8,8 bilhões em junho/03, US$ 4,1 bilhões em agosto/03 e outros US$ 7,6 bilhões em novembro/03.

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