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Mercado revê projeção para crescimento da economia para 1,5%

Analistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para o crescimento da economia este ano, de 1,63% para 1,50%

Real: redução ocorreu após divulgação do crescimento do PIB no 1º trimestre do ano (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 09h52.

Brasília -Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para o crescimento da economia este ano.

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto ( PIB ), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 1,63% para 1,50%.

A redução ocorreu após a divulgação do crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,2%, comparado com o quatro trimestre de 2013.

Para 2015, também houve redução na projeção para expansão do PIB, que passou de 1,96% para 1,85%.

A estimativa para o crescimento da produção industrial passou de 1,40% para 1,24%, este ano, e permanece em 2,20%, em 2015.

A pesquisa do BC também mostra que o mercado financeiro não espera mais por aumento da taxa básica de juros, a Selic, este ano.

Na semana passada, o mercado financeiro esperava por mais um aumento 0,25 ponto percentual na Selic, mas essa alta ocorreria somente em dezembro.

A Selic foi mantida em 11% ao ano por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na última quarta-feira (28).

A Selic havia passado por nove altas seguidas em reuniões anteriores do Copom.

Entretanto, em 2015, os analistas das instituições financeiras esperam que a Selic volte a subir.

A expectativa é que a taxa básica chegue ao final de 2015 em 12% ao ano.

A Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

Ao manter a Selic no mesmo patamar, a sinalização é que as elevações anteriores foram suficientes para provocar os efeitos esperados na economia. O BC tem reiterado que os efeitos de alta da taxa básica se acumulam e levam tempo para aparecer.

O BC precisa encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

O centro da meta definido pelo governo é 4,5%, com limite superior de 6,5%.

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está próxima do teto da meta.

De acordo com a estimativa das instituições financeiras, o índice deve fechar o ano em 6,47%, a mesma previsão da semana passada.

Para 2015, a projeção foi levemente ajustada de 6% para 6,01%.

São Paulo - O FMI projeta que a América Latina vai crescer só 2,5% este ano, mas a média esconde diferenças importantes. Países como Colômbia e Bolívia tem tido crescimento acelerado enquanto Venezuela e Argentina enfrentam crises e as duas maiores economias do bloco - México e Brasil - avançam com lentidão. Depois de um PIB de 7,5% em 2010 (a maior taxa desde a ditadura), a economia brasileira passou a crescer numa média de 2% anuais, bem abaixo de muitos dos vizinhos. Conheça 7 deles:
  • 2. Peru: 6,56%

    2 /9(Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

  • Veja também

    Crescimento real 2011: 6,9% 2012: 6,3% 2013: 6,5% Média: 6,56% ao ano
  • 3. Equador: 5,7%

    3 /9(Wikimedia Commons/Cayambe)

  • Crescimento real 2011: 7,8% 2012: 5,1% 2013: 4,2% Média: 5,7% ao ano
  • 4. Bolívia: 5,7%

    4 /9(Friedman Rudovsky/Bloomberg)

    Crescimento real 2011: 5,2% 2012: 5,2% 2013: 6,8% Média: 5,7% ao ano
  • 5. Chile: 5,1%

    5 /9(Wikimedia Commons)

    Crescimento real 2011: 5,7% 2012: 5,4% 2013: 4,2% Média: 5,1% ao ano
  • 6. Colômbia: 5%

    6 /9(Wikimedia Commons)

    Crescimento real 2011: 6,6% 2012: 4,2% 2013: 4,3% Média: 5% ao ano
  • 7. Uruguai: 4,8%

    7 /9(Divulgação)

    Crescimento real 2011: 6,5% 2012: 3,9% 2013: 4,2% Média: 4,8% ao ano
  • 8. Costa Rica: 4,3%

    8 /9(Axxis10/Wikimedia Commons)

    Crescimento real 2011: 4,5% 2012: 5,1% 2013: 3,5% Média: 4,3% ao ano
  • 9. Brasil: 2%

    9 /9(Scott Eells/Bloomberg)

    Crescimento real 2011: 2,3% 2012: 1% 2013: 2,7% Média: 2% ao ano
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