O mercado revisou para baixo, pela terceira semana consecutiva, a projeção para o crescimento do país em 2006. De acordo com pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC), as instituições financeiras acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá uma alta de 3,50% no ano, enquanto a aposta registrada na semana anterior era de que a economia avançaria 3,53%. Caiu também a perspectiva para o PIB de 2007: a expansão esperada passou de 3,70% para 3,50%.

Foi reduzida ainda a expectativa de crescimento da produção industrial: de 4% para 3,97%. Já para o saldo da balança comercial de 2006, a projeção subiu de 41,2 bilhões de dólares para 42 bilhões.

Nesta edição da pesquisa, foram diminuídas as perspectivas para quase todos os índices de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência pelo governo para controlar o sobe-e-desce dos preços, deve ficar em 3,68% em 2006, segundo o mercado - na semana anterior, a aposta havia ficado em 3,73%. Apenas a projeção para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) foi mantida, em 3,53%.

Juros

O mercado manteve a aposta de que o BC fará um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, em sua próxima reunião, marcada para os dias 29 e 30 de agosto.

Atualmente a Selic está em 14,75% ao ano, e deve chegar ao fim de agosto em 14,5% ao ano, de acordo com expectativa mantida há 17 semanas por instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC. Para o fim de 2006, a previsão é de que os juros fiquem em 14% ao ano.