Economia

Mercado prevê Selic maior para o final do ano

Após decisão conservadora do Copom, na semana passada, economistas apostam que taxa de juros chegará a dezembro em 11,75% ao ano

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h21.

A queda de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), determinado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), deixou o mercado mais cauteloso sobre as projeções para o final do ano. Embalados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em 22 de janeiro, os economistas chegaram a demonstrar mais otimismo e rebaixaram suas projeções para os juros para 11,50% ao ano. Mas o último relatório de mercado do BC, divulgado nesta segunda-feira (29/1), mostra que a decisão conservadora do Copom, na semana passada, já influenciou os analistas. Agora, as instituições financeiras consultadas para a pesquisa projetam uma Selic de 11,75% ao ano para dezembro.

Trata-se do mesmo patamar estimado para os juros há quatro semanas, de acordo com o relatório. Isto significa, na prática, que, para os analistas, o BC adotará um ritmo bastante moderado de queda. Ainda restam sete encontros do Copom neste ano. Atualmente, a Selic está em 13% ao ano. Para chegar aos 11,75% projetados, é preciso um corte total de 1,25 ponto percentual - ou seja, haveria possibilidade de o Copom seguir com cortes de 0,25 ponto por cinco encontros e, ainda, optar pela manutenção da taxa em outros dois, caso nenhum imprevisto ocorra, como uma forte pressão inflacionária.

Com isso, a média da taxa Selic para o ano também foi revista pelo mercado - de 12,20% ao ano para 12,22%. Apesar disso, a projeção é menor do que os 12,31% divulgados há quatro semanas.

A margem de manobra do BC também está menor devido à maior projeção de inflação. Há quatro semanas, os bancos consultados esperavam que os preços subissem 4% neste ano, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a referência oficial para as metas de inflação). Na semana passada, a expectativa já estava em 4,07%. No relatório divulgado hoje, subiu novamente para 4,09% - ainda abaixo do centro da meta deste ano, de 4,5%.

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