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Mercado prevê corte de 0,5 ponto da Selic nesta semana

Para 2012, o relatório Focus do Banco Central prevê a taxa básica de juros em 10%

Esse é o último relatório Focus antes da decisão de política monetária do BC (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 09h40.

São Paulo - O mercado financeiro segue prevendo que a Selic terminará 2011 em 11,00 por cento ao ano e 2012 em 10,00 por cento, de acordo com o relatório Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira, que mostrou nova revisão para baixo nas perspectivas para o crescimento econômico, o que deve dar mais conforto para o BC continuar cortando o juro.

Esse é a última rodada de previsões do Focus antes da decisão de política monetária, que ocorrerá na próxima quarta-feira.

Se confirmada, será a terceira redução seguida na Selic, após a autoridade monetária ter começado o ciclo de afrouxamento monetário em agosto, atribuindo o movimento às perspectivas negativas para o cenário internacional e seu impacto sobre a economia doméstica.

A taxa básica de juros está em 11,50 por cento ao ano e conomistas das principais instituições financeiras mostram unanimidade por um corte de 0,5 ponto percentual, de acordo com pesquisa da Reuters com 32 analistas. Mas ainda há no mercado de juros futuros apostas num corte maior, de até 0,75 ponto percentual.

Recentes divulgações macroeconômicas têm sinalizado que a atividade econômica brasileira já sentiu os efeitos do agravamento da turbulência externa, principalmente devido à crise de dívida na zona do euro.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) acusou queda de 0,32 por cento na atividade econômica no terceiro trimestre ante o trimestre anterior. Além disso, o mercado de trabalho tem diminuído o ímpeto de geração de empregos, ao mesmo tempo em que a indústria tem piorado seu desempenho nos últimos meses.

"Tais resultados vieram ao encontro de nosso diagnóstico de que o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado no terceiro trimestre de 2011 e crescerá muito pouco no trimestre final do ano", afirmou a LCA Consultores em nota.

Nesse contexto, os agentes voltaram a reduzir as expectativas para o crescimento econômico. Para 2011, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 3,10 por cento, contra 3,16 por cento na semana anterior. A previsão para 2012 caiu para 3,46 por cento, frente a 3,50 por cento no documento anterior.


Na visão do economista sênior do Espirito Santo Investment Bank Flavio Serrano, esse enfraquecimento nos prognósticos para o PIB deve respaldar o atual ciclo de afrouxamento monetário por parte do BC, que deverá se estender para o ano que vem.

"Aparentemente, o BC está dando mais prioridade ao crescimento do que ao combate a inflação, mas isso não necessariamente significa que ele vai intensificar os cortes da Selic, até porque o discurso é de ajustes moderados", afirmou.

A avaliação de que a autoridade monetária está priorizando o crescimento econômico no lugar do controle inflacionário explica a relutância do mercado em reduzir as expectativas para os preços, segundo Serrano.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, o prognóstico para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu a 6,49 por cento, ante 6,48 por cento na semana passada, enquanto a perspectiva para 2012 teve ligeiro avanço a 5,56 por cento, na comparação com 5,55 por cento da última semana.

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São Paulo - O mercado financeiro segue prevendo que a Selic terminará 2011 em 11,00 por cento ao ano e 2012 em 10,00 por cento, de acordo com o relatório Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira, que mostrou nova revisão para baixo nas perspectivas para o crescimento econômico, o que deve dar mais conforto para o BC continuar cortando o juro.

Esse é a última rodada de previsões do Focus antes da decisão de política monetária, que ocorrerá na próxima quarta-feira.

Se confirmada, será a terceira redução seguida na Selic, após a autoridade monetária ter começado o ciclo de afrouxamento monetário em agosto, atribuindo o movimento às perspectivas negativas para o cenário internacional e seu impacto sobre a economia doméstica.

A taxa básica de juros está em 11,50 por cento ao ano e conomistas das principais instituições financeiras mostram unanimidade por um corte de 0,5 ponto percentual, de acordo com pesquisa da Reuters com 32 analistas. Mas ainda há no mercado de juros futuros apostas num corte maior, de até 0,75 ponto percentual.

Recentes divulgações macroeconômicas têm sinalizado que a atividade econômica brasileira já sentiu os efeitos do agravamento da turbulência externa, principalmente devido à crise de dívida na zona do euro.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) acusou queda de 0,32 por cento na atividade econômica no terceiro trimestre ante o trimestre anterior. Além disso, o mercado de trabalho tem diminuído o ímpeto de geração de empregos, ao mesmo tempo em que a indústria tem piorado seu desempenho nos últimos meses.

"Tais resultados vieram ao encontro de nosso diagnóstico de que o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado no terceiro trimestre de 2011 e crescerá muito pouco no trimestre final do ano", afirmou a LCA Consultores em nota.

Nesse contexto, os agentes voltaram a reduzir as expectativas para o crescimento econômico. Para 2011, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 3,10 por cento, contra 3,16 por cento na semana anterior. A previsão para 2012 caiu para 3,46 por cento, frente a 3,50 por cento no documento anterior.


Na visão do economista sênior do Espirito Santo Investment Bank Flavio Serrano, esse enfraquecimento nos prognósticos para o PIB deve respaldar o atual ciclo de afrouxamento monetário por parte do BC, que deverá se estender para o ano que vem.

"Aparentemente, o BC está dando mais prioridade ao crescimento do que ao combate a inflação, mas isso não necessariamente significa que ele vai intensificar os cortes da Selic, até porque o discurso é de ajustes moderados", afirmou.

A avaliação de que a autoridade monetária está priorizando o crescimento econômico no lugar do controle inflacionário explica a relutância do mercado em reduzir as expectativas para os preços, segundo Serrano.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, o prognóstico para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu a 6,49 por cento, ante 6,48 por cento na semana passada, enquanto a perspectiva para 2012 teve ligeiro avanço a 5,56 por cento, na comparação com 5,55 por cento da última semana.

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