Economia

Mercado mantém especulação; intervenção no câmbio não é o bastante, diz Lloyds TSB

A especulação do mercado financeiro em cima dos possíveis resultados das pesquisas eleitorais é o principal comentário sobre o Brasil do Lloyds TSB, em seu relatório "Conjuntura Econômica da América Latina". As especulações sobre a "subida" de Ciro Gomes e uma eventual encostada no segundo lugar de Serra tente a diminuir quando começar a propaganda […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

A especulação do mercado financeiro em cima dos possíveis resultados das pesquisas eleitorais é o principal comentário sobre o Brasil do Lloyds TSB, em seu relatório "Conjuntura Econômica da América Latina". As especulações sobre a "subida" de Ciro Gomes e uma eventual encostada no segundo lugar de Serra tente a diminuir quando começar a propaganda eleitoral gratuita, já que o tucano conta com muito mais tempo na TV do que Ciro (PPS).

O horário eleitoral gratuito começa no mês de agosto, e o presidente Fernando Henrique Cardoso já disse que esse será o único veículo que usará para apoiar o candidato de seu partido. "Como cidadão, eu tenho candidato, que é o José Serra, do PSDB. Vou participar da maneira correta, através da televisão etc, mas não acho que seja próprio que o presidente vá fazer campanha na rua", disse o presidente ao chegar em Buenos Aires, onde participa da reunião de cúpula do Mercosul.

Outros pontos que podem eventualmente clarear o cenário eleitoral é a divulgação do programa econômico do PT, prometido para os dias 19 e 20 deste mês. "Seria uma boa oportunidade para os agentes econômicos confirmarem ou não seus maiores temores em relação ao que poderia mudar no caso de uma eventual vitória de Lula", afirma o banco.

Para o Lloyds TSB, há uma boa chance de que o mercado continue turbulento até meados de agosto, no cenário otimista, ou até outubro, pessimista, dependendo do resultado das pesquisas ou da eleição.

Banco Central

Do lado macroeconômico, o banco considerou correta a intervenção diária do Banco Central no mercado de câmbio, mas faz ressalvas. "Não (é suficiente a intervenção no câmbio). É uma condição necessária, mas provavelmente insuficiente, pois a apreensão do mercado com as eleições e o futuro governo demandam sinais mais tranquilizadores nesse front para reduzir o risco Brasil e estimular a entrada de mais recursos externos."

O relatório comenta também a antecipação das eleições na Argentina, a recente desvalorização cambial do México, a incerteza fiscal da Colômbia e o crescimento menor que o esperado no Chile.

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