Mercado desacelera no último dia útil antes das eleições

O último dia útil antes do primeiro turno das eleições de 2006 foi marcado por poucos negócios e tranqüilidade no mercado. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuou 0,10%, mas os analistas atribuem o resultado muito mais à queda das bolsas americanas que ao cenário interno. Após quase bater seu recorde, o índice Dow Jones fechou o dia com recuo de 0,34%, assinalando o desejo de os investidores internacionais realizarem parte do lucro acumulado no trimestre com a venda de seus papéis. Para o Dow Jones, este foi o melhor terceiro trimestre em 11 anos, com valorização acumulada de 4,8% no período.

Na Bovespa, o dia terminou com 67 631 negócios realizados. As transações movimentaram 1,795 bilhão de reais. Os números ficaram abaixo da média dos últimos pregões. No mês de setembro, a quantidade média diária de negócios foi de 85 346. Já o movimento diário em valores ficou em 2,088 bilhões de reais, na média. "O mercado poderia até ter se estressado no começo do dia, mas o que vimos foi um dia muito parado", diz o economista-chefe da Uptrend Consultoria Econômica, Jason Vieira.

Outro indicador do ânimo do mercado, às vésperas do primeiro turno - a ser realizado neste domingo (1º/10) -, foi a queda de 0,05% do dólar, que fechou cotado a 2,170 reais. O desempenho indica, na prática, a estabilidade da moeda americana. Pesa a favor de sua manutenção, também, a expectativa da divulgação da balança comercial de setembro, na próxima segunda-feira (2/10). Algumas projeções apontam para um superávit de 4 bilhões de dólares no mês. O risco-país também recuou 0,43%, para 232 pontos.