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Melhora dos indicadores econômicos ainda não é definitiva

São Paulo, 1 de novembro (Portal EXAME) A primeira semana depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva foi mais do que tranqüila. O otimismo interno refletiu no exterior e alguns indicadores, como o valor dos títulos do governo negociados fora do país e o risco Brasil, tiveram desempenho positivo. A melhora existe, é […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

São Paulo, 1 de novembro (Portal EXAME) A primeira semana depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva foi mais do que tranqüila. O otimismo interno refletiu no exterior e alguns indicadores, como o valor dos títulos do governo negociados fora do país e o risco Brasil, tiveram desempenho positivo. A melhora existe, é moderada, mas ainda não pode ser vista como definitiva , afirma o Lloyds TSB em seu relatório semanal sobre o mercado.

Na segunda-feira, primeiro dia após a vitória de Lula, o risco-país subiu 1,9%, para 1 813 pontos, depois de ter caído 3% na sexta-feira antes da votação do segundo turno. Ontem, a queda foi de quase 3%, para 1 738 pontos. No mês de outubro, a redução chegou a 28%. Já o C-Bond foi negociado ontem a 58, 21% de seu valor de face. Há uma semana, os títulos eram negociados a 55,86% e, há um mês, a 48,94%.

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Para o Lloyds, há boas chances de que a tendência de melhora persista, ainda que possam ocorrer naturais oscilações de curtíssimo prazo no mercado, que continua à espera da equipe de transição de Lula, da equipe econômica definitiva e especialmente futuro presidente do Banco Central, que pode ocorrer nas próximas duas ou três semanas. Ontem, Antonio Palocci, coordenador da transição do PT, afirmou que é possível que o partido anuncie ainda em novembro o nome do futuro comandante do BC.

Além da consolidação de um governo moderado e das incertezas externas, existem outros riscos para quais o Lloyds chama atenção. O primeiro deles, diz respeito a algumas análises de mercado que sugerem, por exemplo, o aumento do superávit fiscal primário para o

próximo ano dos 3,75% do PIB atuais para 5% ou 6%, para estabilizar a curva da relação da dívida pública/PIB. O problema é que conseguir isso é muito difícil num contexto de mudança de governo e baixo crescimento econômico. A adoção de tal pressuposto (necessidade de superávit de 5 ou 6%) como verdade absoluta pode dar a falsa idéia de que um resultado ao redor de 4% será insuficiente, o que está longe de ser verdade,

especialmente se a taxa de câmbio voltar a níveis mais razoáveis , diz o relatório do banco.

Indicadores de hoje

Serão divulgados os números de consultas do sistema UseCheque e os dados do SCPC sobre falências e concordatas na região metropolitana de São Paulo.

O Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria também divulga hoje o número fechado da balança comercial do mês de outubro.

O Banco Central realizará, nesta sexta-feira (1/11), mais um leilão de troca de títulos cambias (NBC-Es) com vencimentos em 2003 e 2004 por títulos indexados à Selic (LFTs) conjugados com contratos de swap cambial, totalizando até R$ 30 bilhões. Desde o início de julho, o Banco Central já trocou o equivalente a cerca de R$ 24,8 bilhões em NBC-Es e cerca de R$ 4,8 bilhões em NTN-Ds (títulos cambiais). Diferentemente dos leilões

anteriores, onde 87% do volume total ofertado por cada participante, foi trocado por LFTs com vencimentos similar ao dos títulos cambiais e 13% por LFTs curtas (final de 2002), neste leilão todo o volume ofertado será trocado por LFTs com vencimentos similar ao das NBC-Es. O BC também promove a recompra de até 210 mil LFT (Letras Financeiras do Tesouro, títulos pós-fixados) que vencem em 10 de setembro de 2003. O swap cambial também terá o mesmo vencimento original das NBC-Es e serão para todo o fluxo (cupons semestrais) das NBC-Es e não apenas para o vencimento. Essa troca tem por finalidade específica dar maior liquidez aos fundos mútuos, ao viabilizar o processo de liquidação antecipada das posições de swap cambial na BM&F. Isto porque os swaps cambiais ofertados pelo Banco Central possuem posição contrária aos swaps acoplados aos títulos cambias registrados na BM&F (detidos, principalmente, por fundos mútuos). Sendo assim, esta operação permitirá que as instituições (em particular, fundos mútuos) tenham suas margens de garantia reduzidas.

Nos EUA, o Departamento de Trabalho divulga a taxa de desemprego e a média de horas trabalhadas do mês de outubro. Também serão conhecidos os gastos com construção e a renda pessoal, ambos de setembro. Saem ainda o ISM, a balança comercial e o volume de vendas de veículos, todos de outubro.

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