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Meirelles diz que mercados brasileiros estão estáveis

"O risco do país está estável, porque as medidas fundamentais estão sendo tomadas", disse Meirelles

Meirelles: ministro explicou que demanda um certo tempo para as empresas reestruturarem suas dívidas e as famílias organizarem suas contas (Arquivo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 20h37.

Curitiba - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , afirmou nesta terça-feira, 20, que às vezes as pessoas reclamam do ruído político, mas mesmo assim os mercados brasileiros estão estáveis.

A declaração foi dada durante evento promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Futuro 10 Paraná, em Curitiba.

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Meirelles contou que ouviu durante meses que a PEC do teto dos gastos não seria aprovada, mas hoje o projeto já foi sancionado pelo presidente Michel Temer e faz parte da Constituição brasileira. "O risco do país está estável, porque as medidas fundamentais estão sendo tomadas."

Meirelles se atrasou mais de duas horas para o evento e, mesmo quando já estava no palco e foi chamado ao púlpito, discutiu ainda alguns minutos com um assessor antes de iniciar sua fala.

"Foi muito difícil sair de Brasília hoje, pois estávamos resolvendo questões fundamentais que estão sendo discutidas lá. O momento atual exige de nós total senso de responsabilidade", comentou.

Ele disse que a reforma da Previdência foi apresentada ao Congresso este ano, "também contra as expectativas", e que isso mostra que o Brasil trabalha e caminha em direção a um crescimento fiscal sustentável.

PIB

Meirelles afirmou que o ano de 2017 deve ter um crescimento baixo, porque o PIB se mede pela média de ano contra ano.

Entretanto, considerando que o PIB caiu muito este ano, quando se comparar o último trimestre deste ano com o último de 2017, o crescimento será de mais de 2%.

Meirelles explicou que demanda um certo tempo para as empresas reestruturarem suas dívidas e as famílias organizarem suas contas, mas isso já está acontecendo. Segundo ele, o nível de endividamento das famílias já caiu de 44% para 42% da renda atualmente.

Ele também comentou que a atividade no próximo ano pode ter auxílio da política monetária, já que o Banco Central está reduzindo os juros e indicou que pode aumentar o ritmo de corte na Selic no próximo ano.

O ministro, no entanto, fez questão de ressaltar que não está dando nenhum palpite sobre o que o BC deveria fazer. "Não sou eu que estou falando, é o mercado, os analistas que esperam uma queda gradual nos juros."

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