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Meirelles cita Grécia ao defender reforma da Previdência

Ministro disse que há o risco de acontecer no Brasil o que houve na Grécia, que teve que cortar valores pagos a aposentados

Henrique Meirelles: "não vai sobrar recurso para mais nada, para saúde, educação, se não for feita a reforma da Previdência" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 13h37.

Salvador - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência para equilibrar as contas públicas brasileiras nos próximos anos.

Em palestra no "IV Fórum Bahia Econômica", em Salvador (BA), o ministro disse que as mudanças no sistema previdenciário são necessárias para garantir que todos os brasileiros tenham aposentadoria e que sobre espaço no Orçamento público para outros gastos.

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"Não vai sobrar recurso para mais nada, para saúde, educação, se não for feita a reforma da Previdência", afirmou.

Meirelles disse ainda que, com o crescimento das despesas da Previdência, há o risco de acontecer no Brasil o que houve na Grécia, que teve que cortar valores pagos a aposentados.

Ele defendeu que a reforma proposta pelo governo vai estabelecer mais igualdade entre pobres e ricos e funcionários dos setores privado e público. "O pobre se aposenta hoje por idade, quem ganha mais é quem se aposenta mais cedo", completou.

O ministro lembrou também a importância do teto de gastos, aprovado no ano passado, que disse ser fundamental para pagar a dívida pública no futuro.

De acordo com o ministro, a agenda de reformas conduzida pelo governo está permitindo a recuperação da economia brasileira

Meirelles listou uma série de melhorias na economia atribuídas por ele ao ajuste fiscal brasileiro, como o crescimento do consumo, do emprego e da confiança, o que, segundo o ministro, mostra que o PIB brasileiro estará crescendo cada vez mais nos próximos trimestres. "A economia está de fato em pleno processo de recuperação", acrescentou.

Ele lembrou também os cortes promovidos pelo Banco Central na taxa Selic e disse que, com isso, as taxas de empréstimos bancários também começam a cair. "A tendência de gasto com juros é de queda para pessoas físicas e jurídicas", ressaltou.

O ministro abriu sua fala dizendo estar honrado por falar na Bahia no dia em que se rememora a Consciência Negra no Brasil. "Precisamos trabalhar para vencer as desigualdades que ainda persistem no País", completou.

Meirelles apresentou dados da produção industrial e das vendas no varejo na Bahia para mostrar a recuperação do Estado. "A Bahia lidera crescimento em algumas áreas", afirmou.

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