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Marcado pelo turismo, Carnaval deve movimentar R$ 8 bi na economia

Até quem prefere distância da folia também movimenta a economia no feriado; parte do comércio pode estar fechado, mas efeitos serão compensados pelo turismo

Carnaval: maioria das capitais, segundo a associação, registra crescimento em relação ao ano passado (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de fevereiro de 2020 às 14h26.

Um dos principais feriados prolongados do ano deve representar uma injeção de recursos na economia. Com pelo menos 36 milhões de brasileiros aproveitando a festa, o Carnaval deve movimentar R$ 8 bilhões neste ano.

Responsável pela estimativa de faturamento, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) calcula que, em termos de receita, esse será o melhor carnaval desde 2015. A entidade estima a contratação de 25,4 mil trabalhadores temporários em todo o país, alta de 2,8% em relação ao carnaval do ano passado.

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Embora boa parte do comércio feche no feriado, os efeitos serão compensados pelo turismo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), a ocupação média ultrapassará 60% em todo o país, mas diversos destinos terão lotação praticamente cheia.

O índice de reservas confirmadas chega a 95% em Pernambuco e em Salvador (com picos de 100% na capital baiana); 90% no Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro; 80% no Ceará, em Alagoas e na Paraíba; e 80% em Minas Gerais. A maioria das capitais, segundo a associação, registra crescimento em relação ao ano passado.

Folia

Além da movimentação dos turistas, os foliões locais aquecerão a festa. Segundo levantamento do Ministério do Turismo, 36 milhões de brasileiros aproveitarão os dias de folia nos seis principais destinos carnavalescos do país e no Distrito Federal, entre viajantes e moradores.

 

No Rio de Janeiro, o carnaval deve reunir 7 milhões de foliões nos blocos e nos desfiles das escolas de samba. Desse total, 1,9 milhões virão de outros estados e de outros países. Em Pernambuco, a expectativa é que 3,7 milhões curtam o carnaval nas famosas ladeiras de Olinda e 1,6 milhão na capital, Recife.

Em Minas Gerais, 5 milhões de pessoas devem aproveitar os dias de festa em Belo Horizonte, caso o impasse para a circulação de trios elétricos seja resolvido. O carnaval de Salvador deve reunir 3 milhões de foliões, dos quais 854 mil turistas. No Distrito Federal, 1,2 milhão de pessoas devem aproveitar a festa.

Descanso

Quem prefere distância da folia também movimenta a economia no carnaval. Segundo pesquisa do portal Booking.com, especializado em reservas de hospedagem online, mais brasileiros vão aproveitar o feriado para relaxar do que para festejar. De acordo com a plataforma, 49% dos brasileiros pretendem viajar durante o carnaval neste ano. Desse total, 23% vão cair na folia e 26% pretendem descansar.

 

Os números da Abih confirmam a preferência pela tranquilidade. No Mato Grosso do Sul, a ocupação está em 95% nas regiões do Pantanal e no município de Bonito (MS) e 75% em Corumbá. No Pará, os municípios próximos a Belém registram procura em torno de 90%. No Sul, a taxa de ocupação deve chegar a 75% em Florianópolis (85% nos hotéis da região de praias) e a 85% em Foz do Iguaçu (PR) e no litoral paranaense.

Destino turístico tradicional em todas as épocas do ano, a Serra Gaúcha também registrará movimentação alta no carnaval. Na Região das Hortênsias, que abrange Gramado e Canela, a ocupação deve chegar aos 100%. Na Região dos Vinhedos, em Bento Gonçalves e arredores, a taxa esperada está em 70%.

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