Mantega minimiza impacto da reeleição de Dilma na economia
Ibovespa, termômetro dos mercados no país, abriu nesta segunda-feira com uma forte tendência de baixa atribuída pelos analistas à vitória de Dilma
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 15h07.
Brasília - O ministro da Fazenda , Guido Mantega , atribuiu nesta segunda-feira as turbulências nos mercados financeiros do país a "fatores externos", mas admitiu que também têm relação com o resultado das eleições, que terminaram no domingo com a reeleição da presidente Dilma Rousseff ( PT ).
"As eleições provocam uma volatilidade nos mercados, mas também há fatores externos. Todas as bolsas do mundo estão caindo hoje", declarou o ministro em entrevista coletiva.
O Ibovespa, termômetro dos mercados no país, abriu nesta segunda-feira com uma forte tendência de baixa atribuída pelos analistas à vitória de Dilma, cujas políticas econômicas se opõem os agentes financeiros.
A petista foi reeleita no domingo com 51,64% dos votos, contra 48,36% de Aécio Neves (PSDB), que foi respaldado pelo eleitorado e era o preferido dos mercados, graças a propostas mais liberais para a economia.
Mantega assegurou que as turbulências nos mercados também correspondem à queda dos preços das matérias-primas e, em tom de brincadeira, disse que o Brasil "ainda não tem tanta força" para derrubar as bolsas mundiais.
O ministro, que está há oito anos no cargo e deixará o governo no fim do ano por motivos pessoais, não deu nenhuma pista sobre seu possível sucessor.
"Além de nomes, existem políticas e o que tem que ser feito para continuar a trajetória de recuperação econômica e na implementação de um novo ciclo de crescimento", respondeu, ao esclarecer que seu sucessor será nomeado "pela presidente".
Mantega também declarou que o mercado se acalmará aos poucos ao longo dos próximos dias.
"A discussão econômica é mais exacerbada no meio de um processo eleitoral. Tudo é muito apaixonado. Os otimistas são mais otimistas e os pessimistas mais pessimistas. Mas, passadas as eleições, o cenário tende a se acalmar", declarou.
Segundo o ministro, após a estagnação dos últimos meses, a economia começou a recuperar seu ritmo "gradualmente" e acabará este ano com um crescimento baixo, mas não em vermelho.
Em 2011, o primeiro ano de Rousseff no poder, o crescimento foi de 2,7%, desceu para 1% em 2012 e se recuperou parcialmente em 2013, quando chegou a 2,3%.
De acordo dados oficiais, no segundo trimestre de 2014, a economia recuou 0,6%. Por acumular dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, o país entrou no que os analistas qualificam de "recessão técnica".
No entanto, o governo aposta em uma recuperação no fim deste ano, que segundo seus cálculos fechará com um crescimento de 0,9%. Para os analistas do mercado, a expansão será de apenas 0,27%.
Mantega insistiu que atualmente o país enfrenta "cenários adversos porque a economia mundial ainda não se recuperou como deveria".
No entanto, garantiu que o clima econômico mundial "vai melhorar" e, com isso, Brasil deverá "retomar um ciclo de expansão econômica em 2015".
Brasília - O ministro da Fazenda , Guido Mantega , atribuiu nesta segunda-feira as turbulências nos mercados financeiros do país a "fatores externos", mas admitiu que também têm relação com o resultado das eleições, que terminaram no domingo com a reeleição da presidente Dilma Rousseff ( PT ).
"As eleições provocam uma volatilidade nos mercados, mas também há fatores externos. Todas as bolsas do mundo estão caindo hoje", declarou o ministro em entrevista coletiva.
O Ibovespa, termômetro dos mercados no país, abriu nesta segunda-feira com uma forte tendência de baixa atribuída pelos analistas à vitória de Dilma, cujas políticas econômicas se opõem os agentes financeiros.
A petista foi reeleita no domingo com 51,64% dos votos, contra 48,36% de Aécio Neves (PSDB), que foi respaldado pelo eleitorado e era o preferido dos mercados, graças a propostas mais liberais para a economia.
Mantega assegurou que as turbulências nos mercados também correspondem à queda dos preços das matérias-primas e, em tom de brincadeira, disse que o Brasil "ainda não tem tanta força" para derrubar as bolsas mundiais.
O ministro, que está há oito anos no cargo e deixará o governo no fim do ano por motivos pessoais, não deu nenhuma pista sobre seu possível sucessor.
"Além de nomes, existem políticas e o que tem que ser feito para continuar a trajetória de recuperação econômica e na implementação de um novo ciclo de crescimento", respondeu, ao esclarecer que seu sucessor será nomeado "pela presidente".
Mantega também declarou que o mercado se acalmará aos poucos ao longo dos próximos dias.
"A discussão econômica é mais exacerbada no meio de um processo eleitoral. Tudo é muito apaixonado. Os otimistas são mais otimistas e os pessimistas mais pessimistas. Mas, passadas as eleições, o cenário tende a se acalmar", declarou.
Segundo o ministro, após a estagnação dos últimos meses, a economia começou a recuperar seu ritmo "gradualmente" e acabará este ano com um crescimento baixo, mas não em vermelho.
Em 2011, o primeiro ano de Rousseff no poder, o crescimento foi de 2,7%, desceu para 1% em 2012 e se recuperou parcialmente em 2013, quando chegou a 2,3%.
De acordo dados oficiais, no segundo trimestre de 2014, a economia recuou 0,6%. Por acumular dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, o país entrou no que os analistas qualificam de "recessão técnica".
No entanto, o governo aposta em uma recuperação no fim deste ano, que segundo seus cálculos fechará com um crescimento de 0,9%. Para os analistas do mercado, a expansão será de apenas 0,27%.
Mantega insistiu que atualmente o país enfrenta "cenários adversos porque a economia mundial ainda não se recuperou como deveria".
No entanto, garantiu que o clima econômico mundial "vai melhorar" e, com isso, Brasil deverá "retomar um ciclo de expansão econômica em 2015".