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Mantega: dólar a R$ 1,92 já ajuda atividade industrial

"Estamos permanentemente preocupados com o câmbio", disse

Essas ações foram muito importantes para levar o câmbio do patamar ao redor de R$ 1,75 para o atual nível de R$ 1,92 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 15h32.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , não deu indicações de que o câmbio a R$ 1,92 é o teto para a cotação do real ante o dólar no curto prazo. "Estamos permanentemente preocupados com o câmbio", disse. "Para interesses da produção é melhor o câmbio desvalorizado. Os países asiáticos já descobriram esse caminho", comentou. Para o ministro, o câmbio está em R$ 1,92 e "o empresário já começa a esboçar sorriso, pois isso ajuda a retomar a competitividade de seus produtos".

Para Mantega, até recentemente o Brasil estava sendo acometido pelo "ataque cambial" de vários países, boa parte deles desenvolvida, que adotaram desvalorizações competitivas de suas moedas para estimular o nível de atividade doméstico, sobretudo com incentivo às exportações. "Até quando isso se restringia aos asiáticos, conseguimos resistir, mas quando entraram os países grandes, os baleias, a situação piorou", destacou.

O ministro afirmou que o Brasil se manifestou com grandes preocupações sobre as desvalorizações competitivas em progresso no mundo em vários fóruns internacionais. "A guerra cambial foi discutida no G-20. Como não fomos ouvidos, tomamos medidas de intervenção no câmbio", disse. Entre as intervenções estão pelo menos duas dezenas de leilões de compra de dólares que o Banco Central adotou desde 7 de março.

Essas ações foram muito importantes para levar o câmbio do patamar ao redor de R$ 1,75 para o atual nível de R$ 1,92. "Se não fizéssemos isso, o câmbio estaria perto de um para um", disse. "Se o dólar chegasse a R$ 1,40, a indústria brasileira estaria destruída".

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Para Mantega, até recentemente o Brasil estava sendo acometido pelo "ataque cambial" de vários países, boa parte deles desenvolvida, que adotaram desvalorizações competitivas de suas moedas para estimular o nível de atividade doméstico, sobretudo com incentivo às exportações. "Até quando isso se restringia aos asiáticos, conseguimos resistir, mas quando entraram os países grandes, os baleias, a situação piorou", destacou.

O ministro afirmou que o Brasil se manifestou com grandes preocupações sobre as desvalorizações competitivas em progresso no mundo em vários fóruns internacionais. "A guerra cambial foi discutida no G-20. Como não fomos ouvidos, tomamos medidas de intervenção no câmbio", disse. Entre as intervenções estão pelo menos duas dezenas de leilões de compra de dólares que o Banco Central adotou desde 7 de março.

Essas ações foram muito importantes para levar o câmbio do patamar ao redor de R$ 1,75 para o atual nível de R$ 1,92. "Se não fizéssemos isso, o câmbio estaria perto de um para um", disse. "Se o dólar chegasse a R$ 1,40, a indústria brasileira estaria destruída".

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