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Mantega diz que dólar está "razoável, mas não satisfatório"

"O câmbio está numa condição razoável, não ainda totalmente satisfatória, mas razoável", afirmou Guido Mantega

Homem contando dólares: o dólar mais alto favorece sobretudo as exportações brasileiras (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 13h45.

São Paulo - O dólar se encontra no Brasil numa "condição razoável", mas não "satisfatória" para as necessidades da economia do país, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda em um momento em que o mercado discute se o governo vai permitir que a moeda seja negociada acima de 2,10 reais.

"O câmbio está numa condição razoável, não ainda totalmente satisfatória, mas razoável", afirmou Guido Mantega, acrescentando que as exportações de manufaturados já começaram a se recuperar, embora o cenário internacional esteja ruim.

"Nós só vamos ver isso quando houver uma melhora do cenário internacional, aí que esse câmbio vai mostrar sua eficiência", acrescentou ele para uma plateia de empresásio durantee evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira.

Logo após suas declarações, o dólar acelerou a alta, chegando à máxima de 2,1180 reais na venda. Pouco depois, no entanto, o Banco Central anunciou um leilão de swap cambial tradicional --que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro--, fazendo com qua a moeda norte-americana passasse a cair, voltando a ficar abaixo de 2,10 reais.

O dólar mais alto favorece sobretudo as exportações brasileiras e, desde meados deste ano, o governo tem trabalhado para que a moeda fique acima de 2 reais. Uma banda informal acabou sendo construída na percepção do mercado, entre 2,00 e 2,10 reais.

O piso, pelo menos, foi explicitado pelo ministro nesta manhã. "Nós já temos quatro ou cinco meses com câmbio acima de dois reais, de modo que veio para ficar", disse. Mas o mercado começa a questionar a ponta de cima.


Para o presidente da CNI, Robson Andrade, também presente no evento, disse que achou positiva a fala do ministro e que a competitividade da economia brasileria depende bastante do câmbio.

"Isso é positivo, agora, a gente sabe que o dólar é flutuante, disse Andrade, acrescentando que a moeda norte-americana deveria estar perto de 2,50 reais, levando em consideração o patamar de 2005.

Política expansionista

Mantega disse também que a inflação está sob controle, o que possibilita a continuidade de uma política monetária mais expansionista, diante de uma situação internacional que não deve melhorar em 2013.

Desde agosto de 2011, o BC fez sucessivas reduções na Selic, levando-a para o atual patamar de 7,25 por cento ao ano, que deve permanecer até o final de 2013 segundo expectativa dos agentes econômicos.

Mantega afirmou ainda que a prioridade do governo é estimular o investimento e que, para 2013, a expectativa é de que ele crescerá 8 por cento. Para ele, o país tem condições de crescer acima de 4 por cento ao ano, acrescentando que, no terceiro e quarto trimestres deste ano, o avanço na margem será de cerca de 1,2 e 1,1 por cento, respectativamente.

Mantega também defendeu a antecipação das concessões no setor de energia elétrica, que trará reduções nos preços das tarifas, como uma forma de diminuir os custos em toda a cadeia produtiva, incluindo serviços e comércio.

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São Paulo - O dólar se encontra no Brasil numa "condição razoável", mas não "satisfatória" para as necessidades da economia do país, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda em um momento em que o mercado discute se o governo vai permitir que a moeda seja negociada acima de 2,10 reais.

"O câmbio está numa condição razoável, não ainda totalmente satisfatória, mas razoável", afirmou Guido Mantega, acrescentando que as exportações de manufaturados já começaram a se recuperar, embora o cenário internacional esteja ruim.

"Nós só vamos ver isso quando houver uma melhora do cenário internacional, aí que esse câmbio vai mostrar sua eficiência", acrescentou ele para uma plateia de empresásio durantee evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira.

Logo após suas declarações, o dólar acelerou a alta, chegando à máxima de 2,1180 reais na venda. Pouco depois, no entanto, o Banco Central anunciou um leilão de swap cambial tradicional --que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro--, fazendo com qua a moeda norte-americana passasse a cair, voltando a ficar abaixo de 2,10 reais.

O dólar mais alto favorece sobretudo as exportações brasileiras e, desde meados deste ano, o governo tem trabalhado para que a moeda fique acima de 2 reais. Uma banda informal acabou sendo construída na percepção do mercado, entre 2,00 e 2,10 reais.

O piso, pelo menos, foi explicitado pelo ministro nesta manhã. "Nós já temos quatro ou cinco meses com câmbio acima de dois reais, de modo que veio para ficar", disse. Mas o mercado começa a questionar a ponta de cima.


Para o presidente da CNI, Robson Andrade, também presente no evento, disse que achou positiva a fala do ministro e que a competitividade da economia brasileria depende bastante do câmbio.

"Isso é positivo, agora, a gente sabe que o dólar é flutuante, disse Andrade, acrescentando que a moeda norte-americana deveria estar perto de 2,50 reais, levando em consideração o patamar de 2005.

Política expansionista

Mantega disse também que a inflação está sob controle, o que possibilita a continuidade de uma política monetária mais expansionista, diante de uma situação internacional que não deve melhorar em 2013.

Desde agosto de 2011, o BC fez sucessivas reduções na Selic, levando-a para o atual patamar de 7,25 por cento ao ano, que deve permanecer até o final de 2013 segundo expectativa dos agentes econômicos.

Mantega afirmou ainda que a prioridade do governo é estimular o investimento e que, para 2013, a expectativa é de que ele crescerá 8 por cento. Para ele, o país tem condições de crescer acima de 4 por cento ao ano, acrescentando que, no terceiro e quarto trimestres deste ano, o avanço na margem será de cerca de 1,2 e 1,1 por cento, respectativamente.

Mantega também defendeu a antecipação das concessões no setor de energia elétrica, que trará reduções nos preços das tarifas, como uma forma de diminuir os custos em toda a cadeia produtiva, incluindo serviços e comércio.

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