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Maduro mantém dólar a 6 bolívares para "proteger sociedade"

O presidente da Venezuela disse que decidiu criar "um sistema de três mercados" em nível cambial

Moeda mais fraca: no mercado paralelo, o dólar é atualmente cotado a mais de 170 bolívares (Meridith Kohut/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 06h00.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira que manterá o câmbio oficial do dólar a 6,3 bolívares "para proteger a economia e a sociedade" venezuelanas, e que conservará um único Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad), ao invés dos dois atuais.

Em seu esperado discurso no parlamento para oferecer seu relatório da gestão de 2014 e anunciar as medidas econômicas para combater a crise, Maduro disse que decidiu criar "um sistema de três mercados" em nível cambial.

"O sistema priorizado a 6,30 para proteger nossa economia e nossa sociedade, um sistema de leilões, tomando o melhor da experiência do Sicad 1, e um sistema de bolsas onde poderá haver participação dos setores privados", afirmou.

O presidente não explicou, no entanto, em que se diferenciaria este sistema do atual, onde coexistem três taxas de câmbio oficiais, e disse que sua equipe econômica "vai detalhar nos próximos dias o funcionamento" do mesmo.

Maduro indicou que no mercado paralelo, onde o dólar é atualmente cotado a mais de 170 bolívares, se realizam somente "4% ou 5 % dos movimentos cambiais do país" e opinou que os dólares que o Estado obtém pela venda do petróleo "devem ser investidos para proteger a economia".

"Decidi trabalhar em um sistema que atenda aos três mercados de maneira mais eficiente: há um primeiro mercado de necessidades alimentícias, de saúde, fundamentais ao país. Devemos garanti-lo com um dólar a 6,30, mantê-lo de maneira eficiente para investir na proteção de nosso povo", disse.

Nesse sentido, garantiu que, em uma economia como a venezuelana, "submetida a mecanismos de especulação e guerra, qualquer coisa que se fizesse diferente, seria utilizada para aumentar os fatores de perturbação e de guerra interna".

Além disso, afirmou que será mantido apenas um Sicad, "que possa atender outros setores das necessidades econômicas do país" através de um "sistema de leilões com mecanismos de mercado para sua fixação e mecanismos de interesse nacional".

Acrescentou que o atual Sicad 2 se transformará "em um sistema que funcione através de bolsas públicas e privadas, onde concorram o setor privado e o setor público".

Um sistema que, disse, "pela via de um equilíbrio de participação legal, busque atender um mercado gerado de forma absolutamente abrupta, fora de qualquer regra econômica e onde possam ser feitas transações, a esse nível" com ofertas tanto do setor público como do privado e de "cidadãos que busquem esse mercado".

Maduro destacou que este modelo cambial é "um sistema transitório para atender às necessidades do desenvolvimento econômico do país, durante um período de investimento, de recuperação, que nos permita ir estabilizando os fatores fundamentais da economia e conseguir uma maior eficiência e otimização do investimento das divisas conversíveis do país".

O presidente rejeitou o modelo de criar um sistema com uma única taxa de câmbio, proposto por alguns economistas.

"É inviável, seria o suicídio coletivo da economia do país", opinou.

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Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira que manterá o câmbio oficial do dólar a 6,3 bolívares "para proteger a economia e a sociedade" venezuelanas, e que conservará um único Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad), ao invés dos dois atuais.

Em seu esperado discurso no parlamento para oferecer seu relatório da gestão de 2014 e anunciar as medidas econômicas para combater a crise, Maduro disse que decidiu criar "um sistema de três mercados" em nível cambial.

"O sistema priorizado a 6,30 para proteger nossa economia e nossa sociedade, um sistema de leilões, tomando o melhor da experiência do Sicad 1, e um sistema de bolsas onde poderá haver participação dos setores privados", afirmou.

O presidente não explicou, no entanto, em que se diferenciaria este sistema do atual, onde coexistem três taxas de câmbio oficiais, e disse que sua equipe econômica "vai detalhar nos próximos dias o funcionamento" do mesmo.

Maduro indicou que no mercado paralelo, onde o dólar é atualmente cotado a mais de 170 bolívares, se realizam somente "4% ou 5 % dos movimentos cambiais do país" e opinou que os dólares que o Estado obtém pela venda do petróleo "devem ser investidos para proteger a economia".

"Decidi trabalhar em um sistema que atenda aos três mercados de maneira mais eficiente: há um primeiro mercado de necessidades alimentícias, de saúde, fundamentais ao país. Devemos garanti-lo com um dólar a 6,30, mantê-lo de maneira eficiente para investir na proteção de nosso povo", disse.

Nesse sentido, garantiu que, em uma economia como a venezuelana, "submetida a mecanismos de especulação e guerra, qualquer coisa que se fizesse diferente, seria utilizada para aumentar os fatores de perturbação e de guerra interna".

Além disso, afirmou que será mantido apenas um Sicad, "que possa atender outros setores das necessidades econômicas do país" através de um "sistema de leilões com mecanismos de mercado para sua fixação e mecanismos de interesse nacional".

Acrescentou que o atual Sicad 2 se transformará "em um sistema que funcione através de bolsas públicas e privadas, onde concorram o setor privado e o setor público".

Um sistema que, disse, "pela via de um equilíbrio de participação legal, busque atender um mercado gerado de forma absolutamente abrupta, fora de qualquer regra econômica e onde possam ser feitas transações, a esse nível" com ofertas tanto do setor público como do privado e de "cidadãos que busquem esse mercado".

Maduro destacou que este modelo cambial é "um sistema transitório para atender às necessidades do desenvolvimento econômico do país, durante um período de investimento, de recuperação, que nos permita ir estabilizando os fatores fundamentais da economia e conseguir uma maior eficiência e otimização do investimento das divisas conversíveis do país".

O presidente rejeitou o modelo de criar um sistema com uma única taxa de câmbio, proposto por alguns economistas.

"É inviável, seria o suicídio coletivo da economia do país", opinou.

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