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Maduro aumenta em 2,5 vezes o valor do salário mínimo na Venezuela

Com o aumento, o salário mínimo passa a ser de em 4.500 bolívares, o que vale um pouco mais de US$ 52 por mês na taxa de câmbio oficial

Maduro: o aumento faz parte do pacote de medidas do governo venezuelano para tentar recuperar a economia (Miraflores Palace/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 14h50.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , aumentou nesta quinta-feira em 2,5 vezes o valor do salário mínimo no país, aplicado para a maioria dos funcionários públicos, e o situou em 4.500 bolívares, ou pouco mais de US$ 52 por mês na taxa de câmbio oficial.

"A partir de amanhã (...) o valor do salário mínimo e das pensões será de 4.500 bolívares", disse Maduro em um discurso transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.

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O aumento é parte dos fatores "de correção" que o governante venezuelano introduz ao seu programa de "recuperação econômica" que completou ontem 100 dias desde sua implementação.

Os mesmos 4.500 bolívares, que são trocados por menos de US$ 10 no mercado paralelo e ilegal, segundo as leis que regem o ferrenho controle cambial que existe no país desde 2003, são aplicados para todos os pensionistas venezuelanos e as chamadas "tábuas salariais" dos funcionários públicos.

Maduro acrescentou que as bonificações de fim de ano, assim como milhões de outras que seu governo distribui em ajudas sociais a cada mês, serão igualmente afetadas pelo aumento.

Além disso, repassará aos inscritos na carteira da pátria, um censo paralelo que a oposição denuncia como uma tentativa de controlar os venezuelanos, um "bônus único" de 2.000 bolívares, ou US$ 23,10.

O salário mínimo venezuelano equivale a meio petro, unidade ao qual está ancorado.

O petro nasceu no final de 2017 como um criptoativo, mas, por enquanto, funciona como um certificado de economias.

No último mês de agosto, quando Maduro anunciou seu pacote econômico, indicou que o petro, que foi declarado como ilegal pelo parlamento e sancionado pelo governo dos Estados Unidos, se fixava em 3.600 bolívares.

Hoje o elevou até 9.000 bolívares, ao mesmo tempo em que convidou os venezuelanos a investir neste certificado.

A crise na Venezuela levou Maduro a lançar um pacote de medidas que, segundo especialistas, é impertinente e só alimenta a hiperinflação, que, de acordo com a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), fechará em 2.500.000 este ano na nação caribenha.

O programa de Maduro também inclui o controle de preços de pelo menos 40 produtos entre alimentos e artigos de higiene pessoal e do lar.

O presidente reconheceu hoje que este esquema de congelamento de preços foi burlado "em um nível muito grande", e antecipou que fixará em breve novos montantes máximos para estes produtos.

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