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Maduro adia a circulação de novas notas de sua moeda, o bolívar forte

Governo realizará conversão monetária para retirar três zeros da moeda local e postergou medida a pedido da Associação Bancária da Venezuela

Bolívar: conversão monetária será a segunda realizada pelo governo venezuelano em dez anos (Meridith Kohut/Bloomberg)
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EFE

Publicado em 29 de maio de 2018 às 19h23.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 19h31.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira que adiará por pelo menos 60 dias a conversão monetária determinada por ele, medida com a qual o governo retirará três zeros da moeda local, o bolívar forte.

Maduro tomou a decisão depois de o presidente da Associação Bancária da Venezuela (ABV), Aristides Maza, ter informado sobre a necessidade de adiar a medida por pelo menos 90 dias.

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"Apesar de todos os esforços que realizamos, apesar de todo o trabalho desenvolvido e das conquistas que obtivemos, persiste o risco muito grande", disse Maza a Maduro.

O presidente da ABV afirmou que a retirada dos três zeros da moeda é uma "necessidade urgente" e uma decisão acertada que pode alavancar o crescimento econômico do país, mas ressaltou que ainda faltam detalhes para que a conversão monetária seja realizada.

Maza também pediu ao governo que as moedas já convertidas coexista por um determinado período de tempo com o antigo bolívar.

O governo tinha decidido que as atuais cédulas perderiam o valor a partir desde domingo. O objetivo é controlar melhor a situação de hiperinflação registrada no país desde o ano passado.

Maduro afirmou que decidirá a nova data da conversão amanhã e se mostrou favorável a manter a circulação das duas cédulas. No entanto, Maza avaliou que é melhor deixar a medida para setembro.

A adoção do "bolívar soberano", nome usado desde maio para anunciar os preços na nova moeda, será a segunda conversão monetária feita pela Venezuela em dez anos.

O bolívar forte começou a se desvalorizar no ano passado, quando a inflação no país superou os 2.600%.

O governo da Venezuela reiterou em várias oportunidades que cédulas estavam sendo retiradas da economia e desviadas por máfias dedicadas à falsificação de dinheiro.

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