Lula sanciona lei que impacta arrecadação tributária federal em 2025 (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 15h14.
Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 15h35.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que deve elevar em R$ 16 bilhões a arrecadação do governo federal em 2025. O texto foi publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 30, após aprovação no Congresso há cerca de dez dias.
A nova legislação adia o início do prazo para que os bancos possam deduzir perdas com inadimplência da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Originalmente, a dedução começaria em janeiro de 2025, mas foi postergada para janeiro de 2026.
Esse adiamento é estratégico, pois impede uma redução na arrecadação tributária em 2025, garantindo maior fôlego às contas públicas. A medida repete uma medida provisória (MP) editada em outubro pelo governo, mas que perdeu validade sem ser votada.
A mudança tem impacto direto na meta fiscal de déficit zero planejada para 2024. Na proposta orçamentária enviada ao Congresso, o governo calcula cerca de R$ 168 bilhões em receitas extras para equilibrar as contas. No entanto, o montante adicional de R$ 16 bilhões gerado pela lei sancionada não está incluído no orçamento de 2025.
A lei foi negociada com instituições financeiras e ajuda o governo a postergar uma perda de arrecadação que, de outra forma, ocorreria no próximo ano. Com essa medida, o impacto fiscal será sentido apenas em 2026, permitindo que o governo foque em atingir seus objetivos de equilíbrio orçamentário em 2024.