Economia

Lula anuncia plano para impulsionar a economia

Após quase três meses de discussão, o novo pacote pretende reduzir impostos e fornecer incentivos para o crescimento econômico

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.

O presidente Lula anuncia nesta segunda-feira (22/1) o Programa para Aceleração do Crescimento (PAC). O pacote será divulgado após quase três meses de discussão e vai determinar quais medidas serão adotadas para impulsionar o crescimento da economia após o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,6%, bem abaixo das expectativas.

Previsto inicialmente para o final de novembro, o PAC deve englobar temas como investimento em infra-estrutura, controle fiscal e desoneração. Na primeira apresentação do pacote, o presidente achou as medidas insuficientes e pediu uma maior redução de impostos. A equipe econômica também discute, no momento, pacotes nas áreas fiscal e tributária para garantir o crescimento da economia.

Com o objetivo de estimular o investimento, serão feitas desonerações em alguns setores, como a isenção para investimentos em fábricas de semicondutores e até o aumento do prazo para o recolhimento de impostos. Inicialmente esperava-se que o pacote trouxesse incentivos fiscais de cerca de 10 bilhões de reais. Entretanto, o reajuste do salário mínimo para 380 reais, maior do que o defendido pela equipe econômica, deve fazer com que o alcance das medidas anunciadas seja menor.

Além disso, deverá ser criado um fundo de investimento em infra-estrutura com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A geração de emprego será estimulada por meio de benefícios à construção civil e o governo vai adotar um limite para o aumento do salário dos servidores públicos e uma regra de longo prazo para o reajuste do salário mínimo.

Crescimento

Com o PAC, o governo espera elevar a taxa de investimento de 20% para 25% do PIB em quatro ou cinco anos. "Sei que o investimento público não pode, sozinho, garantir o crescimento. Porém ele é decisivo para estimular e mesmo ordenar o investimento privado", disse Lula em um discurso no Congresso.

A medida ainda divide a equipe de governo e é vista com desconfiança pelo mercado. A maior resistência vinha da Receita Federal, preocupada com a perda de arrecadação com o corte de impostos esperado pelo governo central.

O Banco Central (BC) espera que a economia do país cresça 3,8% em 2007. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não crê em um impulso maior do que 5% graças à baixa taxa de investimentos e à pouca oferta de energia elétrica.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

MDIC quer ampliar Programa Reintegra a partir de 2025, diz Alckmin

Selic deve subir 0,25 ponto percentual e tamanho do ciclo depende dos EUA, diz economista da ARX

Lula sanciona projeto de desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia

Haddad vê descompasso nas expectativas sobre decisões dos Bancos Centrais globais em torno dos juros