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Lula abre 58.a Assembléia Geral da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o tradicional discurso de um brasileiro na abertura dos trabalhos da Assembléia Geral da ONU para tentar manter seu prestígio na cena internacional. Não faltaram referências ao Fome Zero, ao multilateralismo, ao Oriente Médio, à reivindicação brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança e ao […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o tradicional discurso de um brasileiro na abertura dos trabalhos da Assembléia Geral da ONU para tentar manter seu prestígio na cena internacional. Não faltaram referências ao Fome Zero, ao multilateralismo, ao Oriente Médio, à reivindicação brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança e ao brasileiro representante da ONU assassinado no Iraque, Sérgio Vieira de Mello. Até o líder indiano Mahatma Ghandi foi citado no discurso de Lula, como exemplo do que é preciso para manter a paz no mundo.

"Nunca me esquecerei da lição insuperável de Ghandi: A violência, quando parece produzir o bem, é um bem temporário; enquanto o mal que faz é permanente", afirmou Lula na sessão de abertura da 58a. Assembléia Geral da ONU. Mas o principal tema do discurso de Lula foi a justiça social. "Erradicar a fome no mundo é um imperativo moral e político. E todos sabemos que é factível. Se houver _ de fato _ vontade política de realizá-lo", disse o presidente.

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Lula também dedicou um trecho de seu discurso ao fracasso da reunião da OMC em Cancún, no México. "O protecionismo dos países ricos penaliza injustamente os produtores eficientes das nações em desenvolvimento", afirmou o presidente. "Somos favoráveis ao livre comércio, desde que tenhamos oportunidades iguais de competir." Em Cancún, o Brasil liderou um grupo de 22 países que se opuseram ao documento para a liberalização do comércio proposto por Estados Unidos e União Európéia, por julgá-lo insuficiente no combate aos subsídios agrícolas e ao protecionismo dos países ricos.

Apesar dos aplausos, a audiência e a imprensa internacional não se animaram muito com o discurso do presidente brasileiro. A grande atração nas Nações Unidas foi o conflito entre os discursos do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e do secretário-geral, Koffi Annan.

Bush desfez as esperanças, nutridas sobretudo pela França, de uma transição rápida rumo à democracia no Iraque. Ele afirmou que os líderes mundiais precisam ficar ao lado do povo do Iraque e do Afeganistão. "Os terroristas e seus aliados teme isso acima de tudo", disse Bush. Antes do discurso do presidente americano, o secretário-geral Annan havia criticado o ataque americano ao Iraque sem o aval da ONU, mas exortou os líderes mundiais a deixar de lado suas diferenças.

Bush também homenageou o diplomata Sérgio Vieira de Mello em seu discurso. "Ele foi um grande homem que deve ser lembrado. A América se junta a você, à sua memória e ao serviço que que você dedicou à humanidade na luta a favor da paz", disse Bush, segundo relato da Agência Brasil.

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