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Livro revela potencial econômico da língua portuguesa

De acordo com a publicação, se os países lusófonos formassem uma única nação esse país teria PIB superior a 1,862 trilhão de euros

Livros: dados do Observatório da Língua Portuguesa revelam que o português é a quarta língua mais falada no mundo
DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 13h34.

Lisboa – O livro Potencial Econômico da Língua Portuguesa publicado em setembro em Portugal aposta na afirmação do idioma como um ativo econômico. De acordo com a publicação, se Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste formassem uma única nação esse país teria um Produto Interno Bruto (PIB) superior a 1,862 trilhão de euros (3,85% da riqueza gerada no mundo).

A publicação informa também que a Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) soma uma população de 254,5 milhões de pessoas (3,66% da população mundial). O total não inclui cerca de 5 milhões de pessoas que falam português em Goa (Índia) e Macau (China). Além do legado dos navegantes, há imigrantes portugueses espalhados pelo mundo (na Venezuela, por exemplo, eles formam a segunda colônia de estrangeiros), egressos de Portugal na Ucrânia, sem contar os vizinhos do Brasil que vivem em áreas de fronteira e falam português.

Segundo o livro, o idioma em comum favorece as trocas de produtos, o investimento direto estrangeiro entre os países e o turismo; assim como a migração da força de trabalho. Para Luís Reto (foto), reitor do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e coordenador do livro, “a internacionalização econômica começa por proximidade cultural ou proximidade geográfica”.

Ele calcula que as barreiras de comunicação acarretam mais custos, que variam de 5% a 22% nas transações econômicas, e com o pagamento de intérpretes, tradutores, legendagem e rotulagem. Além dessas barreiras, há o aspecto cultural. “Embora as matrizes culturais possam se diferenciar, existe um conjunto de valores que está lá. O que faz com que os mal-entendidos, as barreiras e os preconceitos diminuam”.


Reto defende um esforço entre os países lusófonos para transformar o português em língua de conhecimento. “O grande desafio para a língua se afirmar é fazer publicações entre Portugal, Brasil, Angola, Moçambique etc. Produzir muito conteúdo, ter muitos repositórios abertos para bases científicas de dados”.

Para o reitor, na produção de conhecimento, a aproximação com o espanhol pode ser estratégica. “Se as duas comunidades começarem a publicar revistas bilíngues, nós ultrapassamos os falantes do inglês com uma vantagem que mais de 50% dos americanos falam espanhol”.

A proximidade geográfica, cultural e linguística entre lusófonos e hispânicos favorece os dois idiomas. Reto lembra que se as comunidades que falam português e as que falam espanhol se juntarem, firmarão a segunda comunidade linguística do mundo, atrás apenas daqueles que falam o mandarim e ultrapassarão os que têm o inglês como idioma. Ele destacou o que chama de “alto grau de intercompreensão” dos dois idiomas.

Dados do Observatório da Língua Portuguesa revelam que o português é a quarta língua mais falada no mundo. Atrás do mandarim (845 milhões de falantes), do espanhol (329 milhões) e do inglês (328 milhões).

Para o coordenador do livro sobre o potencial econômico do português, as estatísticas demográficos e os indicadores de mercado reforçam a importância do acordo ortográfico. “Defendo intransigentemente o acordo. Não está em causa a diversidade de vocábulos nem a diversidade de expressões. O que está em causa é a uniformização da escrita”.

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A publicação informa também que a Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) soma uma população de 254,5 milhões de pessoas (3,66% da população mundial). O total não inclui cerca de 5 milhões de pessoas que falam português em Goa (Índia) e Macau (China). Além do legado dos navegantes, há imigrantes portugueses espalhados pelo mundo (na Venezuela, por exemplo, eles formam a segunda colônia de estrangeiros), egressos de Portugal na Ucrânia, sem contar os vizinhos do Brasil que vivem em áreas de fronteira e falam português.

Segundo o livro, o idioma em comum favorece as trocas de produtos, o investimento direto estrangeiro entre os países e o turismo; assim como a migração da força de trabalho. Para Luís Reto (foto), reitor do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e coordenador do livro, “a internacionalização econômica começa por proximidade cultural ou proximidade geográfica”.

Ele calcula que as barreiras de comunicação acarretam mais custos, que variam de 5% a 22% nas transações econômicas, e com o pagamento de intérpretes, tradutores, legendagem e rotulagem. Além dessas barreiras, há o aspecto cultural. “Embora as matrizes culturais possam se diferenciar, existe um conjunto de valores que está lá. O que faz com que os mal-entendidos, as barreiras e os preconceitos diminuam”.


Reto defende um esforço entre os países lusófonos para transformar o português em língua de conhecimento. “O grande desafio para a língua se afirmar é fazer publicações entre Portugal, Brasil, Angola, Moçambique etc. Produzir muito conteúdo, ter muitos repositórios abertos para bases científicas de dados”.

Para o reitor, na produção de conhecimento, a aproximação com o espanhol pode ser estratégica. “Se as duas comunidades começarem a publicar revistas bilíngues, nós ultrapassamos os falantes do inglês com uma vantagem que mais de 50% dos americanos falam espanhol”.

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Dados do Observatório da Língua Portuguesa revelam que o português é a quarta língua mais falada no mundo. Atrás do mandarim (845 milhões de falantes), do espanhol (329 milhões) e do inglês (328 milhões).

Para o coordenador do livro sobre o potencial econômico do português, as estatísticas demográficos e os indicadores de mercado reforçam a importância do acordo ortográfico. “Defendo intransigentemente o acordo. Não está em causa a diversidade de vocábulos nem a diversidade de expressões. O que está em causa é a uniformização da escrita”.

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