Lira: Gratificante ver diretora do FMI reconhecer importância da reforma tributária
Diretora do FMI participa nesta semana da agenda do G20 Brasil em São Paulo
Agência de notícias
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 20h19.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 20h21.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comemorou nesta terça-feira, 27, os elogios da diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva , à aprovação da reforma tributária do consumo pelo Congresso brasileiro no fim do ano passado.
"É gratificante ver, como presidente da Câmara dos Deputados, que a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, reconhece a importância da Reforma Tributária para o País. Ela a define como 'histórica' e que, a longo prazo, será 'potencialmente significativa' para o Brasil", escreveu Lira, no X (antigo Twitter).
Georgieva afirmou, em entrevista à Globonews, que a reforma pode elevar o potencial de crescimento do Brasil, com impactos positivos para a população. Ela também defendeu um esforço de revisão das despesas, para melhorar a eficiência do gasto público, e argumentou contra um "teto rígido" para se atingir o déficit zero nas contas do governo.
Agenda do G20
A diretora do FMI participa nesta semana da agenda do G20 Brasil em São Paulo. Ontem, ela pediu aos países que integram o grupo "ousadia" para melhorar as perspectivas de crescimento global no médio prazo, com vistas e um futuro "mais equitativo, próspero, sustentável e cooperativo". A declaração foi dada na cúpula de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20.
O Congresso promulgou em 20 de dezembro a maior reforma tributária desde a ditadura militar. A emenda constitucional que muda a tributação sobre o consumo no País foi aprovada no dia 15 daquele mês, após mais de 30 anos de debate. O desafio agora será a regulamentação por meio de leis complementares, que serão enviadas pelo governo ao Legislativo este ano.
A reforma tributária cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ficará no lugar de tributos federais, como o PIS e a Cofins.
A proposta também estabelece um Imposto Seletivo que compensará o fim do IPI e servirá para desestimular o uso de produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. O princípio da reforma é deslocar a cobrança do imposto da origem (onde a mercadoria é produzida) para o destino (onde é consumida).