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Leilão de energia de reserva com fonte solar é iniciado

Leilão de energia de reserva que contratará energia das fontes solar, eólica e biomassa de resíduos sólidos começou em São Paulo

Painéis de energia solar: mercado espera a contratação de 500 MW de energia solar no leilão (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 09h33.

São Paulo - O leilão de energia de reserva que contratará energia das fontes solar , eólica e biomassa de resíduos sólidos para ser entregue a partir de outubro de 2017 foi iniciado às 10 horas desta sexta-feira, em São Paulo, no primeiro certame em que a fonte solar poderá vender energia sem competir com outras fontes.

No leilão, cada fonte venderá energia em produtos separados, sendo que o preços máximos que poderão ser praticados pelos vendedores  são 262 reais por megawatt-hora (MWh) para a solar, 144 reais por MWh para a eólica e 169 reais por MWh para as termelétricas a biomassa de resíduos sólidos.

Vencem o leilão os empreendedores que oferecerem os maiores descontos em relação a esses preços máximos permitidos.

O resultado de venda de energia por cada fonte será divulgado apenas ao final de todo o certame.

A energia eólica é a fonte com o maior número de empreendimentos cadastrados para participação, no total de 15,3 gigawatts (GW) de 626 usinas.

Em segundo lugar, vem a energia solar com 400 projetos no total de 10,8 GW. As térmicas a biomassa de resíduos ou gás de aterro tem 8 projetos cadastrados, totalizando 151 MW.

O leilão está sendo acompanhado com atenção pelo mercado de energia solar pois pode marcar o início da efetiva entrada da fonte na matriz elétrica brasileira.

De uma forma geral, o mercado espera a contratação de 500 MW de energia solar no leilão, mas sem fortes deságios já que a alta do dólar e incertezas quanto ao fornecimento de equipamentos local tendem a deixar alguns investidores mais cautelosos em seus lances.

No país, há apenas um fabricante de módulos solares e fabricantes internacionais estão aguardando o resultado do leilão para definir se instalarão fábricas no país.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu condições de financiamento para a fonte solar que incluem exigências de nacionalização de equipamentos.

Mas diante das incertezas ainda relacionadas à instalação de fornecedores no Brasil, alguns empreendedores buscam financiamentos de outros bancos, incluindo internacionais, e ainda devem contar com alguns equipamentos importados.

Assim, a alta do dólar é fator que também deve influenciar a cautela nos lances.

Entre algumas empresas com projetos cadastrados para o leilão estão AES Tietê, CPFL Renováveis, Alupar, Enel Green Power, Energisa, Renova Energia.

Grandes fabricantes internacionais de módulos solares e desenvolvedores de projetos já com escritórios no Brasil, como a norte-americana SunEdison, também cadastraram projetos para o leilão.

São Paulo – Com ambições de expandir a participação da energia solar em sua matriz energética, o Brasil tornou-se o 9º país mais atraente para receber investimentos em fontes renováveis, segundo estudo da EY . Atualizado trimestralmente, o Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI) avalia as barreiras e oportunidades para os investidores externos acessarem o mercado de fontes limpas em 40 países. O Brasil está às vésperas de realizar seu primeiro leilão exclusivo para a fonte solar. Isso significa que ela não vai concorrer com outras fontes mais baratas, como a energia eólica, o que promete dar um gás na expansão dos projetos de usinas e atrair fabricantes a se instalarem por aqui. Participam do leilão de reserva, previsto para o dia 31, cerca de 400 projetos que somam 10,8 gigawatts (GW) de capacidade. A expectativa do governo é contratar 3,5GW entre 2014 e 2018, ante meros 11 megawatts (MW) de capacidade instalada atualmente. Segundo os analistas da EY, os recentes anúncios de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer financiamento mais barato para projetos de energia solar que busquem equipamentos produzidos localmente também reforça a ambição do país para criar uma forte cadeia produtiva interna para essa fonte. Veja a seguir o desempenho das nações que ocupam os 10 primeiros lugares e o desempenho por fontes de energia, segundo a última edição do RECAI.
  • 2. 1. China

    2 /12(Getty Images)

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  • 3. 2. Estados Unidos

    3 /12(Getty Images)

  • Pontuação total73,8
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  • 4. 3. Alemanha

    4 /12(Getty Images)

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  • 5. 4. Japão

    5 /12(Wikimedia Commons)

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  • 6. 5. Canadá

    6 /12(Wikimedia Commons)

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  • 7. 6. Índia

    7 /12(Wikimedia Commons)

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    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)
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    Hidrelétrica
    Marinha11º
  • 8. 7. Reino Unido

    8 /12(London Array Limited)

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    Ranking geral
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    Biomassa
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  • 9. 8. França

    9 /12(Wikimedia Commons)

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    Ranking geral
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    Marinha
  • 10. 9. Brasil

    10 /12(Paulo Santos/INTERFOTO/Divulgação)

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    Eólica em terra
    Eólica em mar26º
    Solar fotovoltaica (PV)14º
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    Biomassa
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    Hidrelétrica
    Marinha24º
  • 11. 10. Austrália

    11 /12(Wikimedia Commons)

    Pontuação total56,7
    Ranking geral10º
    Eólica em terra16º
    Eólica em mar17º
    Solar fotovoltaica (PV)
    Solar concentrada (CSP)
    Biomassa22º
    Geotérmica11º
    Hidrelétrica18º
    Marinha10º
  • 12. Potências solares

    12 /12(Getty Images)

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