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Le Pen: Sair do euro evitará que Espanha seja nova Grécia

A candidata ultranacionalista considerou que a Espanha é "a próxima peça do dominó que cairá" se não sair do euro

Le Pen tachou de "mentirosos" aqueles que pensam que "não há alternativa ao euro" (Alain Jocard/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 15h22.

Paris - A candidata ultradireitista à Presidência da França, Marine Le Pen, disse nesta terça-feira que a saída da Espanha do euro evitará ao país ter de assumir medidas de ajuste como as "impostas ao povo grego".

Em entrevista coletiva à imprensa estrangeira, Le Pen defendeu pela saída ordenada do euro, não só para a Espanha.

É uma divisa que "penaliza a competitividade dos países da Europa" e afeta mais as nações mais vulneráveis, como a Espanha, afirma Le Pen.

"A Espanha, desde o início de março é o alvo principal da preocupação na Europa. A Espanha promete sair (da crise) com a poção de Sarkozy, Hollande (François, seu adversário na corrida eleitoral) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ou seja, a austeridade. Mas se a situação piorar", questiona Le Pen, terceira nas pesquisas para o primeiro turno do pleito presidencial de 22 de abril.

A candidata ultranacionalista considerou que a Espanha é "a próxima peça do dominó que cairá" se não sair do euro.

"O contágio prossegue, mas nesta ocasião o plano de resgate não servirá porque a Espanha é um país muito grande", acrescentou.

Para Le Pen, a única forma de salvar a Europa passa por renunciar ao euro e voltar às moedas nacionais.

"O povo espanhol não pode aceitar o que o grego aceitou. Nem o francês, com reduções de salários, de aposentadorias, multiplicação por quatro de suicídios, longas filas nos refeitórios sociais. Nossas populações não suportarão", ponderou.

A candidata acrescentou que todo esse esforço é "para pagar os mercados financeiros", por isso pediu "uma saída ordenada do euro em acordo com os demais sócios".

"Espanha será mais competitiva porque sua moeda será menos forte. Recuperará sua capacidade de exportação. Vivemos assim durante séculos", indicou.


Le Pen tachou de "mentirosos" aqueles que pensam que "não há alternativa ao euro", uma moeda que, lembrou, "tem só dez anos, um parêntese muito breve na história da Espanha e da França".

A candidata da Frente Nacional assinalou que tem notado que tanto na Espanha quanto na Itália "avanços estão acontecendo" e que suas ideias a cada dia encontram maior receptividade.

"Ainda não há nada que se pareça ao projeto que eu represento. O fim do euro, na Europa de Bruxelas, é uma fatalidade da qual ninguém quer sair. Acho que tudo está mudando. Os grandes princípios que defendo vão encontrar eco em breve na Itália e na Espanha", declarou.

Situada "às portas da França", a Espanha é a antessala da crise que Le Pen teme contagie seu país e que os Governos atuais combatem exclusivamente com planos de austeridade. Para ela, "não servem para nada, só para empobrecer os cidadãos".

"Se é para viver como os chineses, podemos seguir neste espiral, se aceitamos voltar à Idade Média é preciso continuar com estas políticas. Mas se queremos melhorar, que nossos filhos vivam melhor do que nós, é preciso sair do euro e voltar às moedas nacionais", insistiu.

Le Pen demonstrou confiança de que as pesquisas que a situam na terceira posição estão equivocadas - atrás do socialista François Hollande e do atual presidente, Nicolas Sarkozy - e, portanto, fora do segundo turno em 6 de maio.

"Meu eleitorado é invisível, não fala muito, se expressa nas urnas. Acho que haverá uma surpresa", assinalou.

Suas declarações coincidem com a publicação de uma pesquisa que a coloca na preferência dos mais jovens. "Sou a candidata dos jovens porque sou a candidata antisistema", declara.

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Paris - A candidata ultradireitista à Presidência da França, Marine Le Pen, disse nesta terça-feira que a saída da Espanha do euro evitará ao país ter de assumir medidas de ajuste como as "impostas ao povo grego".

Em entrevista coletiva à imprensa estrangeira, Le Pen defendeu pela saída ordenada do euro, não só para a Espanha.

É uma divisa que "penaliza a competitividade dos países da Europa" e afeta mais as nações mais vulneráveis, como a Espanha, afirma Le Pen.

"A Espanha, desde o início de março é o alvo principal da preocupação na Europa. A Espanha promete sair (da crise) com a poção de Sarkozy, Hollande (François, seu adversário na corrida eleitoral) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ou seja, a austeridade. Mas se a situação piorar", questiona Le Pen, terceira nas pesquisas para o primeiro turno do pleito presidencial de 22 de abril.

A candidata ultranacionalista considerou que a Espanha é "a próxima peça do dominó que cairá" se não sair do euro.

"O contágio prossegue, mas nesta ocasião o plano de resgate não servirá porque a Espanha é um país muito grande", acrescentou.

Para Le Pen, a única forma de salvar a Europa passa por renunciar ao euro e voltar às moedas nacionais.

"O povo espanhol não pode aceitar o que o grego aceitou. Nem o francês, com reduções de salários, de aposentadorias, multiplicação por quatro de suicídios, longas filas nos refeitórios sociais. Nossas populações não suportarão", ponderou.

A candidata acrescentou que todo esse esforço é "para pagar os mercados financeiros", por isso pediu "uma saída ordenada do euro em acordo com os demais sócios".

"Espanha será mais competitiva porque sua moeda será menos forte. Recuperará sua capacidade de exportação. Vivemos assim durante séculos", indicou.


Le Pen tachou de "mentirosos" aqueles que pensam que "não há alternativa ao euro", uma moeda que, lembrou, "tem só dez anos, um parêntese muito breve na história da Espanha e da França".

A candidata da Frente Nacional assinalou que tem notado que tanto na Espanha quanto na Itália "avanços estão acontecendo" e que suas ideias a cada dia encontram maior receptividade.

"Ainda não há nada que se pareça ao projeto que eu represento. O fim do euro, na Europa de Bruxelas, é uma fatalidade da qual ninguém quer sair. Acho que tudo está mudando. Os grandes princípios que defendo vão encontrar eco em breve na Itália e na Espanha", declarou.

Situada "às portas da França", a Espanha é a antessala da crise que Le Pen teme contagie seu país e que os Governos atuais combatem exclusivamente com planos de austeridade. Para ela, "não servem para nada, só para empobrecer os cidadãos".

"Se é para viver como os chineses, podemos seguir neste espiral, se aceitamos voltar à Idade Média é preciso continuar com estas políticas. Mas se queremos melhorar, que nossos filhos vivam melhor do que nós, é preciso sair do euro e voltar às moedas nacionais", insistiu.

Le Pen demonstrou confiança de que as pesquisas que a situam na terceira posição estão equivocadas - atrás do socialista François Hollande e do atual presidente, Nicolas Sarkozy - e, portanto, fora do segundo turno em 6 de maio.

"Meu eleitorado é invisível, não fala muito, se expressa nas urnas. Acho que haverá uma surpresa", assinalou.

Suas declarações coincidem com a publicação de uma pesquisa que a coloca na preferência dos mais jovens. "Sou a candidata dos jovens porque sou a candidata antisistema", declara.

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