La Niña favorece safra recorde de grãos, diz Conab
Entidade acredita que o clima é o principal responsável pelo sucesso na produção
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 14h28.
Brasília – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção nacional de grãos (arroz, feijão, soja, milho, entre outros) deve chegar a 162,9 milhões de toneladas no ciclo 2010/2011, um resultado recorde. Com isso, o volume produzido deve ser 9,2%, ou 13,7 milhões de toneladas, superior ao do período 2009/2010.
Conforme o 12º boletim da Conab sobre a safra atual, o clima é o principal fator para o bom desempenho. “As chuvas, apesar de terem atrasado no Centro-Oeste e terem ocorrido abaixo da média em alguns meses na Região Sul, aconteceram na época e na medida certas para o bom desenvolvimento das culturas de verão”.
O comportamento do clima é associado pela Conab ao fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo esfriamento anormal nas águas superficiais da parte tropical do Oceano Pacífico e propiciou no território brasileiro um regime de chuvas favorável à lavoura. “O clima foi excelente para todos estados, com problemas pontuais”, avalia o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Carlos Bestetti.
De acordo com o gerente, o bom desempenho da lavoura “garante o abastecimento de alimentos no país”. Para ele, a inovação no cultivo, com o uso de biotecnologia (por exemplo, sementes mais resistentes a pragas) e o melhor aproveitamento do sistema de plantio, foi o segundo fator de aumento da safra. “A produção é cada vez mais técnica, inclusive no Nordeste”, destacou.
Bestetti participou do estudo do Ministério da Agricultura que verificou o surgimento de uma nova fronteira agrícola entre os estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia. Batizada de Matopiba (nome formado com as sílabas iniciais de cada um dos quatro estados), a área atrai a agricultura empresarial que compra terras na região a preços mais baixos do que em Mato Grosso, antiga fronteira agrícola.
Na opinião de Bestetti, a alta no preço das commodities poderá estimular no futuro a manutenção do crescimento agrícola, desde que o câmbio se torne mais favorável às exportações. O gerente também espera que o desempenho das lavouras continue a melhorar com o uso maior de técnicas para corrigir problemas de solo e a renovação de plantio da cana-de-açúcar.
A área cultivada no Brasil totaliza 49,9 milhões de hectares (somando-se as áreas de replantio). Cerca de 80% dessas áreas são formadas pelos estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste.
O boletim da Conab prevê que as chuvas de setembro, outubro e novembro serão acima da média em parte do Centro-Oeste, do Sudeste e no sul do Nordeste, o que poderá beneficiar a produção na próxima safra.
Brasília – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção nacional de grãos (arroz, feijão, soja, milho, entre outros) deve chegar a 162,9 milhões de toneladas no ciclo 2010/2011, um resultado recorde. Com isso, o volume produzido deve ser 9,2%, ou 13,7 milhões de toneladas, superior ao do período 2009/2010.
Conforme o 12º boletim da Conab sobre a safra atual, o clima é o principal fator para o bom desempenho. “As chuvas, apesar de terem atrasado no Centro-Oeste e terem ocorrido abaixo da média em alguns meses na Região Sul, aconteceram na época e na medida certas para o bom desenvolvimento das culturas de verão”.
O comportamento do clima é associado pela Conab ao fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo esfriamento anormal nas águas superficiais da parte tropical do Oceano Pacífico e propiciou no território brasileiro um regime de chuvas favorável à lavoura. “O clima foi excelente para todos estados, com problemas pontuais”, avalia o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Carlos Bestetti.
De acordo com o gerente, o bom desempenho da lavoura “garante o abastecimento de alimentos no país”. Para ele, a inovação no cultivo, com o uso de biotecnologia (por exemplo, sementes mais resistentes a pragas) e o melhor aproveitamento do sistema de plantio, foi o segundo fator de aumento da safra. “A produção é cada vez mais técnica, inclusive no Nordeste”, destacou.
Bestetti participou do estudo do Ministério da Agricultura que verificou o surgimento de uma nova fronteira agrícola entre os estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia. Batizada de Matopiba (nome formado com as sílabas iniciais de cada um dos quatro estados), a área atrai a agricultura empresarial que compra terras na região a preços mais baixos do que em Mato Grosso, antiga fronteira agrícola.
Na opinião de Bestetti, a alta no preço das commodities poderá estimular no futuro a manutenção do crescimento agrícola, desde que o câmbio se torne mais favorável às exportações. O gerente também espera que o desempenho das lavouras continue a melhorar com o uso maior de técnicas para corrigir problemas de solo e a renovação de plantio da cana-de-açúcar.
A área cultivada no Brasil totaliza 49,9 milhões de hectares (somando-se as áreas de replantio). Cerca de 80% dessas áreas são formadas pelos estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste.
O boletim da Conab prevê que as chuvas de setembro, outubro e novembro serão acima da média em parte do Centro-Oeste, do Sudeste e no sul do Nordeste, o que poderá beneficiar a produção na próxima safra.