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Kirchner diz não hesitar ao lidar com sistema ferroviário

A governante defendeu a decisão anunciada na terça-feira passada de ditar a intervenção administrativa, técnica e operacional da empresa Trens de Buenos Aires

Cristina Kirchner: "Minha mão não vai tremer na hora de tomar as decisões que tenha que tomar" (Norberto Duarte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2012 às 09h55.

Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner , afirmou nesta quinta-feira que não hesitará para tomar a decisão 'que tenha que tomar' com a concessão privada do serviço ferroviário que na semana passada protagonizou um acidente no qual morreram 51 pessoas.

'Minha mão não vai tremer na hora de tomar as decisões que tenha que tomar. (...) As decisões que tenhamos que tomar, vamos tomar', disse Cristina ao inaugurar o período de sessões ordinárias do parlamento argentino.

A governante defendeu assim a decisão anunciada na terça-feira passada de ditar a intervenção administrativa, técnica e operacional da empresa Trens de Buenos Aires (TBA), a cargo da concessão do serviço entre a capital argentina e a periferia oeste da cidade.

A intervenção foi ditada em caráter temporário e cautelar, enquanto se averiguam as causas do acidente, que aconteceu quando um trem com 1.500 passageiros se chocou contra uma das plataformas da estação Once, uma das maiores de Buenos Aires.

'O único que peço é que é necessário ter o mais rápido possível as perícias para determinar as responsabilidades', disse hoje a presidente, criticando que 'alguns', a quem não identificou, 'quiseram usar' esta tragédia com fins políticos.

'É possível fazer política e oposição com qualquer coisa, menos com a morte', ponderou Cristina, que defendeu os investimentos feitos pelo Estado no setor ferroviário.


Garantiu, além disso, que nunca houve pedidos de rescisão de contratos do serviço ferroviário notificados ao Executivo por parte dos organismos de controle ou da Auditoria Geral da Nação (AGN).

Depois da tragédia, o titular da AGN, Leandro Despouy, lembrou um relatório elaborado em 2008 e atualizado recentemente por esse organismo - controlado pela oposição - no qual já se advertia sobre graves irregularidades no serviço e no controle estatal sobre a TBA.

Despouy afirmou hoje, em declarações à rádio 'Continental', que o relatório 'mostra enormes níveis de descumprimento por parte da empresa TBA' e assegurou que 'houve desvios de US$ 114 milhões de subsídios'.

Além disso, segundo antecipou hoje o jornal 'La Nación', uma investigação da Comissão Nacional de Regulação do Transporte (CNRT) revela que o para-choque hidráulico da estação Once, que deveria ter amortecido o impacto do trem acidentado, não funcionava.

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Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner , afirmou nesta quinta-feira que não hesitará para tomar a decisão 'que tenha que tomar' com a concessão privada do serviço ferroviário que na semana passada protagonizou um acidente no qual morreram 51 pessoas.

'Minha mão não vai tremer na hora de tomar as decisões que tenha que tomar. (...) As decisões que tenhamos que tomar, vamos tomar', disse Cristina ao inaugurar o período de sessões ordinárias do parlamento argentino.

A governante defendeu assim a decisão anunciada na terça-feira passada de ditar a intervenção administrativa, técnica e operacional da empresa Trens de Buenos Aires (TBA), a cargo da concessão do serviço entre a capital argentina e a periferia oeste da cidade.

A intervenção foi ditada em caráter temporário e cautelar, enquanto se averiguam as causas do acidente, que aconteceu quando um trem com 1.500 passageiros se chocou contra uma das plataformas da estação Once, uma das maiores de Buenos Aires.

'O único que peço é que é necessário ter o mais rápido possível as perícias para determinar as responsabilidades', disse hoje a presidente, criticando que 'alguns', a quem não identificou, 'quiseram usar' esta tragédia com fins políticos.

'É possível fazer política e oposição com qualquer coisa, menos com a morte', ponderou Cristina, que defendeu os investimentos feitos pelo Estado no setor ferroviário.


Garantiu, além disso, que nunca houve pedidos de rescisão de contratos do serviço ferroviário notificados ao Executivo por parte dos organismos de controle ou da Auditoria Geral da Nação (AGN).

Depois da tragédia, o titular da AGN, Leandro Despouy, lembrou um relatório elaborado em 2008 e atualizado recentemente por esse organismo - controlado pela oposição - no qual já se advertia sobre graves irregularidades no serviço e no controle estatal sobre a TBA.

Despouy afirmou hoje, em declarações à rádio 'Continental', que o relatório 'mostra enormes níveis de descumprimento por parte da empresa TBA' e assegurou que 'houve desvios de US$ 114 milhões de subsídios'.

Além disso, segundo antecipou hoje o jornal 'La Nación', uma investigação da Comissão Nacional de Regulação do Transporte (CNRT) revela que o para-choque hidráulico da estação Once, que deveria ter amortecido o impacto do trem acidentado, não funcionava.

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