Economia

Juros para pessoa física voltam a ser recorde em março

Número superou a taxa de 54,3% ao ano de fevereiro, até então a maior da série histórica do BC, iniciada em março de 2011


	Juros: número superou a taxa de 54,3% ao ano de fevereiro, até então a maior da série histórica do BC, iniciada em março de 2011
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Juros: número superou a taxa de 54,3% ao ano de fevereiro, até então a maior da série histórica do BC, iniciada em março de 2011 (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 11h59.

Brasília - Os juros para pessoas físicas continuaram em patamar elevado em março. De acordo com dados divulgados hoje (24) pelo Banco Central (BC), a taxa média de juros com recursos livres - que podem ser aplicados livremente pelos bancos - ficou em 54,4% ao ano.

O número superou a taxa de 54,3% ao ano de fevereiro, até então a maior da série histórica do BC, iniciada em março de 2011.

Boa parte do aumento dos juros deveu-se ao cheque especial, cuja taxa média anual chegou a 220% ao ano em março. O valor é o maior em 19 anos.

Anteriormente, a maior taxa havia sido a de março de 1996, de 217,71% ao ano. A série histórica do BC para juros do cheque especial começa em 1994.

Os juros do cartão de crédito também contribuíram para o resultado. A taxa global ficou em 79,1% ao ano no mês passado, a maior desde setembro de 2012.

A análise engloba os juros para aquisições parceladas e para o crédito rotativo. A taxa para compras parceladas, de 111,5% ao ano, caiu 0,6 ponto percentual em relação a fevereiro.

No entanto, os juros para o crédito rotativo no cartão atingiram 345,8% ao ano, o maior valor desde o início da série histórica do BC, em março de 2011.

A inadimplência com recursos livres para pessoas físicas e jurídicas ficou em 4,4% em março, estável tanto em relação a fevereiro quanto na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralJurosMercado financeiro

Mais de Economia

Governadores do Nordeste pedem a Pacheco mudança em projeto de renegociação de dívidas

Afinal, o que um medalhista olímpico brasileiro paga de imposto? A Receita responde

Governo prevê economia de quase R$ 5 bi com revisão de benefício a pescadores

Governo aumenta estimativa e deve prever salário mínimo de R$ 1.509 em 2025

Mais na Exame