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Juros futuros sobem após indícios de nova alta da Selic

A expectativa é de que o ciclo de aperto monetário deve continuar, de acordo com fontes de mesa de renda fixa

O Banco Central deve seguir com altas da Selic, além de paciência e perseverança, disse uma fonte escutada pela reportagem (REUTERS/Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 10h39.

São Paulo - Os juros futuros abriram em alta, reagindo ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do segundo trimestre deste ano, divulgado pelo Banco Central , nesta quarta-feira, 24.

As primeiras avaliações são de que o cenário da instituição ainda não é de convergência da inflação à meta em 2016, ao trabalhar com a previsão de 4,8%. A meta é de 4,5%.

Com isso, a expectativa é de que o ciclo de aperto monetário deve continuar, de acordo com fontes de mesa de renda fixa. As fontes consultadas pelo Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, ponderaram que o mercado vai aguardar e monitorar atentamente as explicações sobre o documento a serem dadas pelo diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva.

"O BC deve seguir com altas da Selic , além de paciência e perseverança", avaliou uma fonte. Segundo ele, não houve grande mudança nas precificações para o juro básico. Para a próxima reunião do Copom, as apostas seguem majoritárias em torno de 0,50 ponto porcentual de elevação da Selic.

Às 9h15, o DI para outubro de 2015 tinha taxa de 14,010%, na máxima, ante 13,960% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016, de 14,25%, máxima, ante 14,14%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 apontava 13,96%, de 13,84% e o para janeiro de 2021, 12,64%, de 12,62%

No documento, o BC reforçou "determinação e perseverança" para impedir a transmissão da inflação para prazos mais longos. Na página 76 do RTI, estão alguns dos pontos mais aguardados pelo mercado: as projeções de inflação da autoridade. "A previsão central associada ao cenário de referência indica inflação de 9,0% em 2015, 1,1 ponto porcentual. maior do que a projetada no Relatório de março de 2015 e acima da meta de 4,5% fixada pelo CMN", diz o BC.

Segundo a autoridade, a projeção para o segundo trimestre de 2015 é de 9,0%, desloca-se para 9,3% no terceiro trimestre, e recua para 9,0% no final do ano.

"Em 2016, a projeção recua para 6,7% no primeiro trimestre, segue em declínio para 5,4% e 5,0% no segundo e terceiro trimestres, respectivamente, e encerra o ano em 4,8%. Em 2017, a projeção para o primeiro trimestre é de 4,7% e recua para 4,5% no segundo trimestre", completa o BC.

Vale destacar ainda que no cenário de mercado o IPCA terminaria o ano que vem em nível mais elevado, de 5,1%, igual ao verificado em março.

Em outro trecho do documento, o BC repete o tom da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic para 13,75% ao ano.

Citando a inflação em patamares elevados e os efeitos dos processos de ajustes de preços relativos na economia, afirma que "esses ajustes fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos".

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São Paulo - Os juros futuros abriram em alta, reagindo ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do segundo trimestre deste ano, divulgado pelo Banco Central , nesta quarta-feira, 24.

As primeiras avaliações são de que o cenário da instituição ainda não é de convergência da inflação à meta em 2016, ao trabalhar com a previsão de 4,8%. A meta é de 4,5%.

Com isso, a expectativa é de que o ciclo de aperto monetário deve continuar, de acordo com fontes de mesa de renda fixa. As fontes consultadas pelo Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, ponderaram que o mercado vai aguardar e monitorar atentamente as explicações sobre o documento a serem dadas pelo diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva.

"O BC deve seguir com altas da Selic , além de paciência e perseverança", avaliou uma fonte. Segundo ele, não houve grande mudança nas precificações para o juro básico. Para a próxima reunião do Copom, as apostas seguem majoritárias em torno de 0,50 ponto porcentual de elevação da Selic.

Às 9h15, o DI para outubro de 2015 tinha taxa de 14,010%, na máxima, ante 13,960% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016, de 14,25%, máxima, ante 14,14%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 apontava 13,96%, de 13,84% e o para janeiro de 2021, 12,64%, de 12,62%

No documento, o BC reforçou "determinação e perseverança" para impedir a transmissão da inflação para prazos mais longos. Na página 76 do RTI, estão alguns dos pontos mais aguardados pelo mercado: as projeções de inflação da autoridade. "A previsão central associada ao cenário de referência indica inflação de 9,0% em 2015, 1,1 ponto porcentual. maior do que a projetada no Relatório de março de 2015 e acima da meta de 4,5% fixada pelo CMN", diz o BC.

Segundo a autoridade, a projeção para o segundo trimestre de 2015 é de 9,0%, desloca-se para 9,3% no terceiro trimestre, e recua para 9,0% no final do ano.

"Em 2016, a projeção recua para 6,7% no primeiro trimestre, segue em declínio para 5,4% e 5,0% no segundo e terceiro trimestres, respectivamente, e encerra o ano em 4,8%. Em 2017, a projeção para o primeiro trimestre é de 4,7% e recua para 4,5% no segundo trimestre", completa o BC.

Vale destacar ainda que no cenário de mercado o IPCA terminaria o ano que vem em nível mais elevado, de 5,1%, igual ao verificado em março.

Em outro trecho do documento, o BC repete o tom da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic para 13,75% ao ano.

Citando a inflação em patamares elevados e os efeitos dos processos de ajustes de preços relativos na economia, afirma que "esses ajustes fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos".

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