Juros curtos sobem e indicam Selic maior nesta semana
O mercado acumula seis sessões de elevação e, neste pregão, veio acompanhado de uma série de revisões de algumas instituições financeiras
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 17h15.
São Paulo - As taxas futuras de juros deram prosseguimento, nesta segunda-feira, 15, ao movimento firme de alta verificado desde o fim da semana passada, ampliando as apostas em uma elevação de 0,5 ponto porcentual da Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa amanhã e termina na quarta-feira.
O mercado acumula seis sessões de elevação e, neste pregão, veio acompanhado de uma série de revisões de algumas instituições financeiras, que anteciparam suas estimativas para o início de aumento da Selic.
Tudo isso ocorreu em maior intensidade após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na sexta-feira, 12. No fim do pregão, as taxas longas desaceleraram a alta, em linha com a piora externa.
Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (872.210 contratos) marcava 7,60%, de 7,52% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (506.465 contratos) apontava 8,21%, de 8,17% na sexta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (416.855 contratos) indicava 8,70%, de 8,67%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (152.400 contratos) marcava 9,27%, ante 9,26%, e o DI para janeiro de 2021 (15.730 contratos) estava em 9,71%, ante 9,73% no ajuste.
De acordo com um operador, os investidores apenas continuaram com os ajustes da semana passada. "Após as declarações de Mantega e Tombini, a maior parte do mercado ficou convicta de que o juro subirá. A divisão se dá apenas sobre a intensidade", afirmou a fonte. A curva a termo indica cerca de 40 pontos de alta da Selic em abril e de 45 pontos em maio.
Mantega afirmou que "o governo tem dado atenção ao combate da inflação" e que medidas serão tomadas, "mesmo que não populares, como o ajuste na taxa de juros". Em seguida, Tombini disse que "não há nem haverá tolerância com a inflação" e que a autoridade monetária tomará "decisões sobre o melhor curso para a política monetária".
Diante do cenário, grandes instituições revisaram suas projeções para a reunião desta semana do Copom. O Banco JPMorgan antecipou sua aposta para a alta da Selic, estimando agora uma subida do juro básico de 0,25 ponto porcentual. A projeção anterior era para início do aperto monetário em maio.
O banco HSBC também antecipou a aposta de início de um ciclo de alta na Selic para abril, com alta de 0,50 ponto porcentual nesta semana. Antes, a instituição esperava que o ciclo de aperto de 0,5 ponto começasse em maio. Votorantim Corretora e Bank of America (BofA) Merrill Lynch também projetam alta da Selic na quarta-feira.
O avanço das taxas futuras ocorre em meio a um cenário que justificaria a retirada de prêmios da curva de juros. A pesquisa Focus do Banco Central, por exemplo, mostrou que a projeção para a Selic referente ao encontro do Copom desta semana seguiu em 7,25% ao ano. Para a reunião de maio, subiu de 7,50% para 7,75%, o que mostra alta de 0,50 pp da Selic. A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano cedeu de 5,70% para 5,68%. Para o ano que vem, seguiu em 5,70%.
No exterior, o dia foi de forte aversão ao risco. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,7% no primeiro trimestre, ante igual trimestre de 2012, de 7,9% no quarto trimestre do ano passado, na mesma base de comparação, e ante os 8,0% previstos por economistas.
São Paulo - As taxas futuras de juros deram prosseguimento, nesta segunda-feira, 15, ao movimento firme de alta verificado desde o fim da semana passada, ampliando as apostas em uma elevação de 0,5 ponto porcentual da Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa amanhã e termina na quarta-feira.
O mercado acumula seis sessões de elevação e, neste pregão, veio acompanhado de uma série de revisões de algumas instituições financeiras, que anteciparam suas estimativas para o início de aumento da Selic.
Tudo isso ocorreu em maior intensidade após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na sexta-feira, 12. No fim do pregão, as taxas longas desaceleraram a alta, em linha com a piora externa.
Ao término da negociação normal na BM&F, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (872.210 contratos) marcava 7,60%, de 7,52% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (506.465 contratos) apontava 8,21%, de 8,17% na sexta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (416.855 contratos) indicava 8,70%, de 8,67%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (152.400 contratos) marcava 9,27%, ante 9,26%, e o DI para janeiro de 2021 (15.730 contratos) estava em 9,71%, ante 9,73% no ajuste.
De acordo com um operador, os investidores apenas continuaram com os ajustes da semana passada. "Após as declarações de Mantega e Tombini, a maior parte do mercado ficou convicta de que o juro subirá. A divisão se dá apenas sobre a intensidade", afirmou a fonte. A curva a termo indica cerca de 40 pontos de alta da Selic em abril e de 45 pontos em maio.
Mantega afirmou que "o governo tem dado atenção ao combate da inflação" e que medidas serão tomadas, "mesmo que não populares, como o ajuste na taxa de juros". Em seguida, Tombini disse que "não há nem haverá tolerância com a inflação" e que a autoridade monetária tomará "decisões sobre o melhor curso para a política monetária".
Diante do cenário, grandes instituições revisaram suas projeções para a reunião desta semana do Copom. O Banco JPMorgan antecipou sua aposta para a alta da Selic, estimando agora uma subida do juro básico de 0,25 ponto porcentual. A projeção anterior era para início do aperto monetário em maio.
O banco HSBC também antecipou a aposta de início de um ciclo de alta na Selic para abril, com alta de 0,50 ponto porcentual nesta semana. Antes, a instituição esperava que o ciclo de aperto de 0,5 ponto começasse em maio. Votorantim Corretora e Bank of America (BofA) Merrill Lynch também projetam alta da Selic na quarta-feira.
O avanço das taxas futuras ocorre em meio a um cenário que justificaria a retirada de prêmios da curva de juros. A pesquisa Focus do Banco Central, por exemplo, mostrou que a projeção para a Selic referente ao encontro do Copom desta semana seguiu em 7,25% ao ano. Para a reunião de maio, subiu de 7,50% para 7,75%, o que mostra alta de 0,50 pp da Selic. A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano cedeu de 5,70% para 5,68%. Para o ano que vem, seguiu em 5,70%.
No exterior, o dia foi de forte aversão ao risco. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,7% no primeiro trimestre, ante igual trimestre de 2012, de 7,9% no quarto trimestre do ano passado, na mesma base de comparação, e ante os 8,0% previstos por economistas.