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JPMorgan diz estar cético sobre aprovação da reforma tributária

Embora ache "bem-vinda" a tentativa, o banco americano afirma que "permanece cético" de que a reforma tributária seja aprovada até 2021

Paulo Guedes: ministro prometeu enviar as propostas do governo ao Congresso amanhã (21) (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de julho de 2020 às 08h36.

As discussões políticas em Brasília parecem estar se encaminhando para uma agenda mais positiva de reformas, principalmente a tributária, avaliou o banco JPMorgan, em relatório. Embora ache "bem-vinda" a tentativa de fazer andar a reforma tributária , o banco americano afirma que "permanece cético" de que um texto amplo seja aprovado este ano ou mesmo em 2021. "A reforma tributária retorna aos holofotes, mas continuamos céticos", destaca.

"Reconhecemos que a discussão é bem-vinda e poderia melhorar a narrativa de curto prazo, afastando o foco do risco fiscal, que permanece alto", ressalta o relatório, destacando que o governo juntou esforços com a Câmara para acelerar a discussão dessas medidas tributárias.

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O relatório observa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu enviar as propostas do governo ao Congresso amanhã. "Dada a resistência a novos impostos no Congresso, o governo não mostra sinais de introdução de um imposto sobre transações eletrônicas no momento, mas Guedes sugere que isso pode ser incluído em uma reforma futura mais ampla que também inclua impostos sobre dividendos", de acordo com o relatório do JP Morgan.

Retomada

Sobre a atividade econômica, o banco observa que o contínuo crescimento dos casos de coronavírus no Brasil, que já superaram 2 milhões, e a decepção com indicadores recentes, como o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), apontam para a lenta retomada da economia. O IBC-Br cresceu 1,3% em maio ante abril, enquanto o banco previa alta de 3,5%.

O JP Morgan observa que indicadores de confiança do Brasil têm mostrado melhora, sobretudo no setor manufatureiro, que já se recuperou das quedas registradas durante a pandemia.

Contudo, os índices de confiança dos consumidores e do setor de serviços subiram, mas ainda seguem com níveis inferiores aos de antes da crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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