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Jogar lixo na praia custa mais caro do que se imagina

Pesquisa da NOAA na Califórnia indica que uma redução de 25% no lixo marinho geraria economia de US$ 32 milhões ao longo de três meses no verão

Sujeira: restos de alimentos e embalagens de plástico são os tipos de detritos mais abundantes (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Publicado em 17 de agosto de 2014 às 17h27.

São Paulo – O lixo marinho tem muitos impactos sobre os oceanos , os animais e as comunidades costeiras. Mas um novo estudo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) mostra que os detritos também podem ter custos econômicos consideráveis para os banhistas e para o comércio local.

A pesquisa constatou que os moradores da cidade de Orange County, mais conhecido como OC, na Califórnia, perdem milhões de dólares a cada ano ao trocar as praias locais, afetadas pelos detritos, por praias mais limpas, que estão mais longe e exigem mais gastos com transporte.

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Segundo o estudo, reduzir o lixo marinho em 25 por cento nas praias da região se traduziria numa economia de aproximadamente US$ 32 milhões ao longo de três meses no verão.

Já uma redução do lixo marinho de 75 por cento em pelo menos seis praias perto da saída do rio Los Angeles poderia reduzir as perdas econômicas na região em US$ 53 milhões e aumentar a visitação em 43%.

A NOAA desenvolveu um modelo de custo de viagem que os economistas normalmente utilizam para estimar os gatos das famílias com recreação nas praias, lagos e parques. Nele, incorporou uma pesquisa de opinião feita com os moradores da cidade sobre o que determina escolha de um destino em detrimento de outro.

Com isso, ele estimaram como os detritos marinhos poderiam influenciar as perdas econômicas. Em cada uma das 31 praias analisadas, restos de alimentos e embalagens de plástico foram os tipos de detritos mais abundantes.

“Dada a enorme popularidade da praia para atividades de lazer em todos os Estados Unidos, a magnitude das perdas econômicas associadas com o lixo marinho tem o potencial de ser substancial”, alerta o texto.

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