Japão aprova mais sanções a empresas com vínculos norte-coreanos
As sanções afetam quatro empresas chinesas e duas da Namíbia, assim como um indivíduo de nacionalidade chinesa e outro norte-coreano
EFE
Publicado em 25 de agosto de 2017 às 09h07.
Tóquio - O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira o congelamento dos ativos de mais seis empresas estrangeiras por seus vínculos com a Coreia do Norte , o que supõe a adoção de novas sanções unilaterais para exercer pressão sobre o regime de Kim Jong-un .
As sanções afetam quatro empresas chinesas e duas da Namíbia, assim como um indivíduo de nacionalidade chinesa e outro norte-coreano, que se somarão às medidas já anunciadas pelo Japão no fim de julho, confirmou à Agência Efe um porta-voz governamental.
A decisão de Tóquio supõe o congelamento dos ativos de indivíduos e empresas que o governo japonês considera que colaboram com o regime norte-coreano na exportação de carvão e no envio de mão de obra ao exterior, com o objetivo de conter a entrada de capitais no país por sua escalada militar.
Tóquio já havia incluído no fim de julho cinco companhias da China e nove cidadãos desse país em sua lista de sanções, que penalizam empresas e indivíduos associados aos projetos armamentistas do regime de Pyongyang, ao comércio de matérias-primas e à mão de obra.
"O Japão acredita que é de suma importância pressionar a Coreia do Norte, em conjunto com os Estados Unidos e a Coreia do Sul", disse hoje o ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva.
Assim, a decisão de Tóquio de aumentar sua lista de sanções acontece depois que Washington anunciou na terça-feira o congelamento de ativos e a proibição de transações financeiras no país de mais de 15 entidades e cidadãos chineses e russos por seus vínculos com a Coreia do Norte.
O governo chinês, por sua vez, é contrário à imposição de sanções unilaterais por parte de qualquer país fora das resoluções aprovadas pelas Nações Unidas.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou no princípio do mês novas sanções contra a Coreia do Norte que poderiam reduzir em até US$ 1 bilhão por ano os investimentos que o país obtém com as suas exportações, em resposta aos testes de mísseis intercontinentais de julho.