Economia

Israel pede ao Brasil boicote ao Irã

"Nós esperamos que o Brasil boicote futuros encontros com Ahmadinejad", afirmou Shimon Peres


	O presidente de Israel, Shimon Peres, pediu neste domingo ao Brasil que boicote o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad
 (Andreas Lazarou/AFP)

O presidente de Israel, Shimon Peres, pediu neste domingo ao Brasil que boicote o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad (Andreas Lazarou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2012 às 16h22.

O presidente de Israel, Shimon Peres, pediu neste domingo ao Brasil que boicote o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad.

"Nós esperamos que o Brasil boicote futuros encontros com Ahmadinejad", afirmou Peres ao ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, segundo um comunicado oficial.

Em 2010, o então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva teve uma reunião com Ahmadinejad e ajudou a obter um acordo segundo o qual o Irã entregaria parte do estoque de urânio levemente enriquecido na Turquia em troca de material enriquecido de maneira suficiente para uso médico, mas não para fins militares. Israel criticou o acordo imediatamente.

"Quando nos encontramos em 2010, eu afirmei ao ex-presidente Lula que era um erro sentar e conversar com Ahmadinejad, um líder que ameaça com a destruição de um povo, um líder que nega o Holocausto e um líder que apoia o terrorismo internacional", disse Peres a Patriota.

O chanceler brasileiro respondeu que estava presente no encontro com Ahmadinejad em Teerã e que Lula deixou claro que não aceitava a negação do Holocausto e que acredita na paz e em um Oriente Médio livre de armas nucleares.

Israel e as potências ocidentais acreditam que o Irã tenta produzir armamento nuclear sob a fachada de um programa civil, o que Teerã nega.

"Não se enganem, o Irã está desenvolvendo armas nucleares. A ameaça nuclear iraniana ameaça com uma sombra pesada toda a região", afirmou Peres a Patriota.

De acordo com o comunicado, Patriota afirmou a Peres que o "Brasil vê com grande preocupação as ameaças de Israel de atacar o Irã" e que "as ameaças e suas potenciais futuras consequências são perigosas para a estabilidade do Oriente Médio".

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