Irlanda admite que dados de alta do PIB estão inflados
O ministro do país deu as declarações depois de ter informado ontem que o PIB irlandês cresceu 26,3% em 2015, contra os 7,8% previstos anteriormente
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2016 às 13h17.
Dublin - O ministro principal da Irlanda , Enda Kenny, reconheceu nesta quarta-feira que os "espetaculares" números do crescimento da economia da região não refletem a realidade.
Kenny deu as declarações depois de o Escritório Central de Estatísticas ter informado ontem que o Produto Interno Bruto ( PIB ) irlandês cresceu 26,3% em 2015, contra os 7,8% previstos anteriormente.
"Não refletem exatamente o que está ocorrendo na economia", disse o chefe do governo da Irlanda no parlamento, em resposta às críticas feitas por vários analistas aos dados divulgados oficialmente.
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas, a espetacular alta do PIB ocorreu devido a fatores circunstanciais, como as atividades de companhias de leasing de aviões, que, em alguns casos, chegaram a redomiciliar seus multimilionários lucros para a Irlanda ao longo do ano passado.
Além disso, o número de multinacionais, sobretudo do setor tecnológico, que movimentaram parte de seus ativos para a ilha com objetivo de aproveitar os benefícios fiscais oferecidos pelo governo de Dublin também contribuiu para inflar os números, disse Kenny.
Os analistas pedem que o Escritório Central de Estatísticas revise o sistema de cálculo do PIB para que o governo local possa planejar com melhor critério o gasto público e a política fiscal.
O principal partido de oposição na Irlanda, o Fianna Fáil, também criticou os números divulgados pelo Escritório Central de Estatísticas. O líder da legenda, Micheál Martin, afirmou que os dados "prejudicam a reputação internacional" do país.
Martin afirmou que a "falsidade dos números" remete a práticas do passado, como quando países da União Soviética maquiavam os resultados das contas públicas.
Apesar de reconhecer a distorção, Kenny afirmou que a política econômica de seu governo conseguir reduzir o desemprego, que ficou em 7,8% em junho, e que promoveu um aumento de 4,5% do consumo doméstico em 2015, fatores que "confirmam a solidez da recuperação".
O relatório do Escritório Central Estatísticas revelou que o Produto Nacional Bruto (PNB) da Irlanda, que exclui as contribuições das multinacionais e é considerado como um indicador mais confiável pelos analistas, cresceu 18,7% em 2015 em relação a 2014.
Dublin - O ministro principal da Irlanda , Enda Kenny, reconheceu nesta quarta-feira que os "espetaculares" números do crescimento da economia da região não refletem a realidade.
Kenny deu as declarações depois de o Escritório Central de Estatísticas ter informado ontem que o Produto Interno Bruto ( PIB ) irlandês cresceu 26,3% em 2015, contra os 7,8% previstos anteriormente.
"Não refletem exatamente o que está ocorrendo na economia", disse o chefe do governo da Irlanda no parlamento, em resposta às críticas feitas por vários analistas aos dados divulgados oficialmente.
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas, a espetacular alta do PIB ocorreu devido a fatores circunstanciais, como as atividades de companhias de leasing de aviões, que, em alguns casos, chegaram a redomiciliar seus multimilionários lucros para a Irlanda ao longo do ano passado.
Além disso, o número de multinacionais, sobretudo do setor tecnológico, que movimentaram parte de seus ativos para a ilha com objetivo de aproveitar os benefícios fiscais oferecidos pelo governo de Dublin também contribuiu para inflar os números, disse Kenny.
Os analistas pedem que o Escritório Central de Estatísticas revise o sistema de cálculo do PIB para que o governo local possa planejar com melhor critério o gasto público e a política fiscal.
O principal partido de oposição na Irlanda, o Fianna Fáil, também criticou os números divulgados pelo Escritório Central de Estatísticas. O líder da legenda, Micheál Martin, afirmou que os dados "prejudicam a reputação internacional" do país.
Martin afirmou que a "falsidade dos números" remete a práticas do passado, como quando países da União Soviética maquiavam os resultados das contas públicas.
Apesar de reconhecer a distorção, Kenny afirmou que a política econômica de seu governo conseguir reduzir o desemprego, que ficou em 7,8% em junho, e que promoveu um aumento de 4,5% do consumo doméstico em 2015, fatores que "confirmam a solidez da recuperação".
O relatório do Escritório Central Estatísticas revelou que o Produto Nacional Bruto (PNB) da Irlanda, que exclui as contribuições das multinacionais e é considerado como um indicador mais confiável pelos analistas, cresceu 18,7% em 2015 em relação a 2014.