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Irã vai permitir que empresas exportem petróleo para burlar sanção dos EUA

Estados Unidos disse a aliados para boicotar o petróleo iraniano, mas país já está tomando medidas para não ser prejudicado pelas sanções

Plataforma de petróleo (Oscar Cabral/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 1 de julho de 2018 às 12h09.

Dubai - O Irã vai permitir que empresas privadas exportem petróleo cru como parte da estratégia para enfrentar as sanções americanas contra o país, e está pedindo aos demais membros da Opep, incluindo seu rival regional Arábia Saudita, para que não quebrem o acordo de produção, informaram neste domingo porta-vozes do governo iraniano.

O Irá está buscando maneiras de manter a exportação de petróleo e outras medidas para enfrentar as sanções depois que os Estados Unidos disse a aliados para cortar todas as importações de petróleo iraniano.

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"O cru iraniano será oferecido na bolsa e o setor privado pode exportá-lo de uma maneira transparente, disse o primeiro vice-presidente Eshaq Jahangiri em um evento econômico transmitido pela tevê estatal iraniana. "Nós queremos derrotar os esforços americanos de parar as exportações iranianas".

Ao mesmo tempo, o ministro de Petróleo Bijan Zanganeh enviou uma carta a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep)pedindo a seus membros que mantenham o acordo fechado no mês passado de aumentar a produção coletivamente e "evitar medidas unilaterais" que poderiam enfraquecer a unidade do grupo.

Referindo-se a informações de que a Arábia Saudita poderia aumentar sua produção para repor o petróleo iraniano nos mercados mundiais, Jahanguiri afirmou que "qualquer um tentando ocupar o espaço do Irã no mercado estará cometendo uma grande traição e um dia pagará por isso".

O líder da Arábia Saudita prometeu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que poderá aumentar sua exportação se for necessário e o país possui 2 milhões de barris diários de capacidade extra, informou no sábado a Casa Branca.

A Opep fechou um acordo com a Rússia e outros países produtores no dia 23 de junho de aumentar a produção a partir de julho, com a Arábia Saudita se comprometendo a um crescimento sem dar números específicos.

"Qualquer aumento da produção por qualquer país membro para além do estipulado pela decisão da Opep será uma quebra do acordo", escreveu Zanganeh.

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