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Irã apoia medidas para estabilizar mercado do petróleo

A iniciativa, que prevê manter os níveis de produção nos níveis de janeiro, também está condicionada a que os outros grandes produtores se somem a ela

Barris de petróleo: o Irã, segundo maior produtor da OPEP atrás da Arábia Saudita, produz cerca de 2,8 milhões de barris por dia e exporta mais de um milhão (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 17h08.

O Irã manifestou nesta quarta-feira apoio às medidas propostas por outros grandes países produtores de petróleo para estabilizar o mercado e reverter a queda brutal do preço do barril.

"Esperamos o início da cooperação entre os países membros e não-membros da OPEP e apoiamos todas as medidas que possam estabilizar o mercado e aumentar os preços", declarou o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, citado pelo serviço de comunicação do ministério.

Na véspera, Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram em Doha congelar sua produção de petróleo para estabilizar os preços, mas o anúncio não teve um grande impacto nos mercados, que esperavam cortes.

A iniciativa, que prevê manter os níveis de produção nos níveis de janeiro, também está condicionada a que os outros grandes produtores se somem a ela.

A posição do Irã era particularmente esperada, uma vez que o país havia anunciado sua intenção de aumentar a sua produção para recuperar mercados após o recente levantamento das sanções impostas pelas grandes potências por seu programa nuclear.

O Irã, segundo maior produtor da OPEP atrás da Arábia Saudita, produz cerca de 2,8 milhões de barris por dia e exporta mais de um milhão. Em janeiro, após o fim das sanções, anunciou a sua intenção de aumentar a produção em mais de 500.000 barris por dia.

Zanganeh descartou na terça-feira que o Irã "renunciará" a sua quota de mercado, mas disse que estava "pronto para discutir" possíveis tetos de produção.

O preço do petróleo caiu mais de 70% desde junho de 2014, chegando a ser cotado este ano abaixo de 30 dólares.

O anúncio de um possível congelamento da produção surtiu pouco efeito na terça-feira nos mercados, que esperavam cortes para absorver o excesso de oferta. Os preços do petróleo fecharam mesmo em retirada, depois de um breve rali.

Nesta quarta-feira, no entanto, os preços do petróleo se recuperavam com a perspectiva de um compromisso iraniano. Às 17h00 GMT (15h00 de Brasília), o contrato do barril de West Texas Intermediate para entrega em abril subia 2,13 dólares, a 34,31 USD.

O barril de Brent do mar do Norte subia 1,62 USD em relação ao fechamento de terça, a 30,66 dólares, enquanto o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em março ganhava 1,62, para 30,66 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).

O ministro do Petróleo saudita, Ali al-Nuaimi, afirmou que o acordo pretende "estabilizar o mercado".

A queda nos preços foi em grande parte devido à estratégia da OPEP, especialmente da Arábia Saudita, de inundar o mercado para defender a sua parte contra os produtores de petróleo e gás de xisto nos Estados Unidos.

Mas essa estratégia causou uma redução drástica na receita de países em grande parte dependentes das exportações de hidrocarbonetos.

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O Irã manifestou nesta quarta-feira apoio às medidas propostas por outros grandes países produtores de petróleo para estabilizar o mercado e reverter a queda brutal do preço do barril.

"Esperamos o início da cooperação entre os países membros e não-membros da OPEP e apoiamos todas as medidas que possam estabilizar o mercado e aumentar os preços", declarou o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, citado pelo serviço de comunicação do ministério.

Na véspera, Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram em Doha congelar sua produção de petróleo para estabilizar os preços, mas o anúncio não teve um grande impacto nos mercados, que esperavam cortes.

A iniciativa, que prevê manter os níveis de produção nos níveis de janeiro, também está condicionada a que os outros grandes produtores se somem a ela.

A posição do Irã era particularmente esperada, uma vez que o país havia anunciado sua intenção de aumentar a sua produção para recuperar mercados após o recente levantamento das sanções impostas pelas grandes potências por seu programa nuclear.

O Irã, segundo maior produtor da OPEP atrás da Arábia Saudita, produz cerca de 2,8 milhões de barris por dia e exporta mais de um milhão. Em janeiro, após o fim das sanções, anunciou a sua intenção de aumentar a produção em mais de 500.000 barris por dia.

Zanganeh descartou na terça-feira que o Irã "renunciará" a sua quota de mercado, mas disse que estava "pronto para discutir" possíveis tetos de produção.

O preço do petróleo caiu mais de 70% desde junho de 2014, chegando a ser cotado este ano abaixo de 30 dólares.

O anúncio de um possível congelamento da produção surtiu pouco efeito na terça-feira nos mercados, que esperavam cortes para absorver o excesso de oferta. Os preços do petróleo fecharam mesmo em retirada, depois de um breve rali.

Nesta quarta-feira, no entanto, os preços do petróleo se recuperavam com a perspectiva de um compromisso iraniano. Às 17h00 GMT (15h00 de Brasília), o contrato do barril de West Texas Intermediate para entrega em abril subia 2,13 dólares, a 34,31 USD.

O barril de Brent do mar do Norte subia 1,62 USD em relação ao fechamento de terça, a 30,66 dólares, enquanto o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em março ganhava 1,62, para 30,66 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).

O ministro do Petróleo saudita, Ali al-Nuaimi, afirmou que o acordo pretende "estabilizar o mercado".

A queda nos preços foi em grande parte devido à estratégia da OPEP, especialmente da Arábia Saudita, de inundar o mercado para defender a sua parte contra os produtores de petróleo e gás de xisto nos Estados Unidos.

Mas essa estratégia causou uma redução drástica na receita de países em grande parte dependentes das exportações de hidrocarbonetos.

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