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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou em outubro alta de 0,33%, informou nesta sexta-feira (10/11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do esperado pelo mercado, que estimava elevação entre 0,30% e 0,35% na inflação do mês passado.
Nesta quinta-feira (9/11), porém, os analistas estavam ansiosos, temendo que a alta acima do esperado nos preços dos alimentos no atacado pudesse chegar ao varejo. "Sabemos que essa elevação vai acabar chegando ao consumidor. A questão é quanto e quando isso vai acontecer", afirma o economista-chefe da Itaú Corretora, Guilherme da Nóbrega.
Segundo o economista, essa alta, no entanto, não deve impactar o cenário econômico geral. "Trata-se de uma pressão localizada, com pouco impacto no longo prazo", diz. Para Nóbrega, só haveria risco para a inflação caso houvesse pressão do câmbio - o que não ocorre no momento. "O quadro hoje é o melhor já visto desde o início do controle inflacionário. Não há motivos para preocupação", afirma.
Altas e baixas
Como previsto, os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela alta no IPCA, o índice utilizado pelo governo para estabelecimento da meta de inflação, que é de 4,5% para 2006 e 2007. A alta, no entanto, ainda não reflete as variações nos preços do atacado. O produtos alimentícios subiram no mês passado 0,88%, devido principalmente ao aumento de 4,51% nas carnes decorrente do período de entressafra.
Os salários dos empregados domésticos também continuam pressionando o índice (1,39%), em função do reajuste no salário mínimo. Por outro lado, os preços dos combustíveis recuaram, impactados pela queda de 3,28% no álcool e de 0,11% na gasolina.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,33%, bastante abaixo dos 4,73% verificados em igual período do ano passado.