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IPC-S menor já reflete piora da atividade, diz coordenador

Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que economia está em recessão técnica

Compras: deflação do atacado começa a atingir varejo, disse coordenador do IPC-S (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 15h20.

São Paulo - O índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de agosto surpreendeu o coordenador do índice, Paulo Picchetti.

Ele estimou inicialmente uma inflação de 0,30% no mês, acima dos 0,12% divulgados nesta segunda-feira, 01.

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Para ele, parte disso já reflete a piora no ritmo de atividade da economia brasileira .

Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que economia está em recessão técnica.

A deflação do atacado também começa a atingir o varejo, acrescentou.

No acumulado em 12 meses, o IPC-S apresenta inflação de 6,76%, mas Picchetti prevê que haverá uma desaceleração e que o índice irá encerrar o ano com alta de 6,30%, estimativa que mantém desde o início do ano.

Para chegar a esse patamar, o índice precisa registrar inflação média de 0,45% durante os quatro últimos meses do ano.

Essa média é menor que os 0,56% do mesmo período do ano passado e que a média de 0,54% nos oito primeiros meses deste ano.

Ainda que na comparação anual a inflação mostre uma trajetória descendente para dentro da meta do governo, Picchetti lembrou que essa desaceleração é lenta e que o nível dos preços ainda é elevado.

"Podemos dizer que estamos em estagflação desde o começo do ano", afirmou, em conversa com jornalistas.

Para o mês de setembro, ele informou que o índice deve ganhar força na comparação com agosto e acelerar para 0,30% por conta dos preços de alimentação e dos reajustes de energia.

No fim de agosto, houve reajustes de energia em Salvador e Brasília. Os dois últimos meses do ano também costumam ser de aceleração da inflação na margem, lembrou.

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