Economia

Investimento em SP caiu 37% no 1º semestre de 2009

São Paulo - O investimento produtivo no Estado de São Paulo caiu 37% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, aponta a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado (Piesp), divulgada hoje pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Os técnicos do instituto associam a desaceleração aos impactos da […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - O investimento produtivo no Estado de São Paulo caiu 37% no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, aponta a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado (Piesp), divulgada hoje pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Os técnicos do instituto associam a desaceleração aos impactos da crise econômica mundial no País, mas já veem sinais de recuperação. O investimento feito pelas empresas passou de US$ 15,8 bilhões nos primeiros seis meses de 2008 para US$ 9,95 bilhões no mesmo período de 2009.

A queda só não foi maior por causa do volume de investimentos feitos em infraestrutura no Estado. Destacam-se nesse setor os recursos anunciados por concessionárias para a recuperação de estradas (mais de US$ 1,8 bilhão), pela Companhia de Saneamento do Estado (Sabesp) para aperfeiçoar o tratamento e a distribuição de água e despoluir o Rio Tietê (mais de US$ 1 bilhão) e pela Telefônica, para ampliar a rede de telefonia fixa e banda larga no Estado (US$ 1,2 bilhão). Esses empreendimentos responderam por 41% do investimento produtivo feito em São Paulo no primeiro semestre do ano passado.

Houve investimentos expressivos ainda em eletricidade, gás e terminais logísticos para armazenar cargas. "Esses investimentos aumentarão a capacidade do Estado de sustentar um ritmo de expansão mais acelerado", afirmam os técnicos no relatório da pesquisa. De uma forma geral, os setores de serviços (US$ 6,8 bilhões) e da indústria (US$ 3 bilhões) foram os únicos a conseguir manter um nível de investimento semelhante ao de 2008.

O valor médio dos empreendimentos caiu de US$ 37,8 milhões para US$ 33,2 milhões. A maioria dos investimentos, 85,8%, foi destinada a ampliar ou modernizar empreendimentos já existentes. Os recursos para a construção de novas unidades representou 13,1% do total investido em São Paulo.

Os dados apresentaram uma melhora nos três últimos meses do semestre. Se de janeiro a março de 2009 o investimento foi de US$ 3,4 bilhões, entre abril e junho foi de US$ 6,6 bilhões. De outubro a dezembro de 2008 o resultado havia sido de US$ 1,4 bilhão.

As localidades do Estado que mais atraíram investimentos no primeiro semestre de 2009 foram as regiões metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista e as regiões administrativas de Campinas e São José dos Campos.

Capital estrangeiro

A proporção de anúncios de empresas controladas por capital nacional diminuiu de 76,7% no primeiro semestre de 2008 para 68,9% no mesmo período de 2009. A parcela de empresas estrangeiras aumentou de 23,3% para 31,1%. Os investimentos nacionais somaram US$ 6,9 bilhões, ante US$ 12,1 bilhões em 2008. Já os estrangeiros chegaram a US$ 3,1 bilhões, ante US$ 3,7 bilhões no período anterior.

Entre as estrangeiras, a liderança dos investimentos ficou com as companhias espanholas, que somaram US$ 1,4 bilhão em anúncios, dos quais 86% feitos pela Telefónica. Portugal também teve participação, investindo US$ 400 milhões, especialmente por meio de concessionárias de rodovias. Os Estados Unidos, que geralmente ocupam as primeiras posições desse ranking, ficaram em quinto lugar, um possível reflexo da crime econômica mundial. As empresas americanas investiram US$ 331,8 milhões no Estado.

 

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