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Infraestrutura é maior desafio no Bric, mostra pesquisa

Segundo o estudo, 45% das empresas dos países do BRIC citam a infraestrutura de transporte como a maior restrição ao crescimento

No Brasil, a questão dos transportes é citada como um problema por 21% das empresas, enquanto na Rússia esse índice é de 74% e, na Índia, chega a 59% (Cecilia Bastos/Jornal da USP)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Uma pesquisa da consultoria Grant Thornton International revelou que a falta de investimentos em infraestrutura nos países do chamado grupo Bric - formado por Brasil, Rússia, Índia e China - é o maior desafio enfrentado pelos empresários. Segundo o estudo, 45% das empresas desses países citam a infraestrutura de transporte como a maior restrição ao crescimento.

No Brasil, a questão dos transportes é citada como um problema por 21% das empresas, enquanto na Rússia esse índice é de 74% e, na Índia, chega a 59%. O índice de 45% verificado no grupo Bric é 22 pontos porcentuais superior ao registrado no ano passado, e bem acima da média global, de 12%.

"O grande motor dos investimentos em infraestrutura de transporte, e também de comunicação, é o governo. A piora na percepção dos empresários está atrelada à queda nos investimentos e à percepção de ineficiência da aplicação de recursos por parte do governo", comentou o sócio de auditoria da Grant Thornton Brasil, Paulo Sérgio Dortas, em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, serviço em tempo real da Agência Estado.

No quesito informação, comunicação e tecnologia, 47% dos entrevistados apontaram problemas nesse setor no cenário global. No Brasil, esse índice ficou em 36%, enquanto na Índia a insatisfação atinge 64% dos empresários, e na Rússia a taxa é de 63%. Dortas comenta que, além da questão da infraestrutura, a maior barreira citada pelos empresários brasileiros é a questão da burocracia.

"Mesmo com a vontade do empresariado de investir, os leilões de grandes obras estão patinando. O governo demora em disponibilizar acesso a concessões e leilões e isso atrapalha muito o Brasil", afirma. "Toda a questão de suporte de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada dá um certo ar de angústia.

Nós estamos quase em junho e a grande maioria das obras está no papel, ou sequer chegou ao papel. Grande parte dos editais que iria para o mercado foi retirada em função de questões de rentabilidade, de remuneração de investimentos", acrescenta.

Com os problemas enfrentados pelos países do Bric, outros emergentes começam a despontar no cenário global. Pela primeira vez a pesquisa da Grant Thornton mostrou que não há nenhum membro desse grupo entre as cinco economias mais "otimistas".


"Outros atrativos de investimento estão aparecendo nos últimos anos, o que significa uma maior competição para os Brics na hora de atrair investimentos estrangeiros", explica Dortas.

Os preferidos dos empresários em 2013 são Peru, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, México e Chile. A pesquisa da Grant Thornton ouviu 12,5 mil empresas em 44 países, divididos nos grupos Ásia-Pacífico, Sudeste Asiático, BRIC, União Europeia, G7, América Latina, Nórdicos, América do Norte e Outros.

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São Paulo - Uma pesquisa da consultoria Grant Thornton International revelou que a falta de investimentos em infraestrutura nos países do chamado grupo Bric - formado por Brasil, Rússia, Índia e China - é o maior desafio enfrentado pelos empresários. Segundo o estudo, 45% das empresas desses países citam a infraestrutura de transporte como a maior restrição ao crescimento.

No Brasil, a questão dos transportes é citada como um problema por 21% das empresas, enquanto na Rússia esse índice é de 74% e, na Índia, chega a 59%. O índice de 45% verificado no grupo Bric é 22 pontos porcentuais superior ao registrado no ano passado, e bem acima da média global, de 12%.

"O grande motor dos investimentos em infraestrutura de transporte, e também de comunicação, é o governo. A piora na percepção dos empresários está atrelada à queda nos investimentos e à percepção de ineficiência da aplicação de recursos por parte do governo", comentou o sócio de auditoria da Grant Thornton Brasil, Paulo Sérgio Dortas, em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, serviço em tempo real da Agência Estado.

No quesito informação, comunicação e tecnologia, 47% dos entrevistados apontaram problemas nesse setor no cenário global. No Brasil, esse índice ficou em 36%, enquanto na Índia a insatisfação atinge 64% dos empresários, e na Rússia a taxa é de 63%. Dortas comenta que, além da questão da infraestrutura, a maior barreira citada pelos empresários brasileiros é a questão da burocracia.

"Mesmo com a vontade do empresariado de investir, os leilões de grandes obras estão patinando. O governo demora em disponibilizar acesso a concessões e leilões e isso atrapalha muito o Brasil", afirma. "Toda a questão de suporte de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada dá um certo ar de angústia.

Nós estamos quase em junho e a grande maioria das obras está no papel, ou sequer chegou ao papel. Grande parte dos editais que iria para o mercado foi retirada em função de questões de rentabilidade, de remuneração de investimentos", acrescenta.

Com os problemas enfrentados pelos países do Bric, outros emergentes começam a despontar no cenário global. Pela primeira vez a pesquisa da Grant Thornton mostrou que não há nenhum membro desse grupo entre as cinco economias mais "otimistas".


"Outros atrativos de investimento estão aparecendo nos últimos anos, o que significa uma maior competição para os Brics na hora de atrair investimentos estrangeiros", explica Dortas.

Os preferidos dos empresários em 2013 são Peru, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, México e Chile. A pesquisa da Grant Thornton ouviu 12,5 mil empresas em 44 países, divididos nos grupos Ásia-Pacífico, Sudeste Asiático, BRIC, União Europeia, G7, América Latina, Nórdicos, América do Norte e Outros.

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