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Inflação venezuelana pode chegar a 14.000% em 2018

Em meio a grave crise fiscal, política e humanitária, inflação venezuelana chega a patamares estratosféricos

CARACAS: Mulher em casa de câmbio, em 2002, quando o governo Chávez impôs controle sobre o câmbio (Oscar Sabetta/Getty Images)
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EXAME Hoje

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 17h42.

Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 18h30.

A inflação na Venezuela foi de 2.616% em 2017, segundo cálculos da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional, o Congresso venezuelano, que é controlado pela oposição. A estimativa do órgão para 2018 é que o índice chegue a 14.000% este ano. As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) são bem mais modestas: em 2017, a inflação deve ficar em 652,7%, mas deve ultrapassar 2.300% em 2018.

Os congressistas venezuelanos também afirmam que o PIB no país encolheu 15% em 2017, enquanto o FMI calcula uma queda de 12%. Para 2018, o FMI estima uma leve melhora, com queda de 6%. O governo não publica dados oficiais desde 2015.

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Segundo o Congresso, a desvalorização do bolívar em relação ao dólar é um dos maiores motores da inflação, e os venezuelanos vêm sofrendo para adquirir itens de necessidade básica. A população venezuelana fica sem energia durante quatro horas todos os dias, e mais de 80% dos venezuelanos não conseguem se alimentar adequadamente, de acordo com o FMI.

No ano passado, frequentes protestos tomaram as ruas de Caracas, capital do país, que resultaram em centenas de mortes. O presidente Nicolás Maduro está no poder desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, e prometeu convocar eleições para este ano.

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